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Analistas do mercado financeiro e executivos da Carrefour (CRFB3) visitaram a primeira loja convertida de Carrefour para Atacadão que oferece “serviços completos” aos consumidores, incluindo padaria, cantina de frios e açougue. A conversão da loja, em Diadema (SP), se deu faz cerca de dois meses, já dando sinalizações sobre os frutos colhidos para a companhia e as perspectivas para as ações.
Conforme aponta relatório da XP, o Carrefour acredita que o movimento de adicionar serviços em algumas lojas específicas é um ajuste válido, dada a oportunidade de ocupar o espaço que as lojas recentemente fechadas do formato de hipermercado deixaram e ao mesmo tempo, competir em melhores condições com seus pares.
Nesse sentido, a instituição financeira vê como positivo o movimento da varejista de entrar em serviços, uma vez que entende como necessário para enfrentar a concorrência, enquanto as conversões do hiper em Atacarejo são outro passo positivo, já que espera melhores indicadores econômicos do formato e, assim, maior geração de valor para o grupo.
O Atacadão também está implementando o self checkout, que deve ser implantado em pelo menos 15 lojas daqui para frente.
Olhando para o futuro, o Carrefour espera entregar um aumento de vendas de 3 vezes assim que a loja atingir o seu estado de maturidade (3 anos), versus 2,2 vezes estimados para os próximos 12 meses dados os resultados recentes, o que está praticamente de acordo com as indicações passadas pelo concorrente Assaí (ASAI3) para o mercado.
Além disso, aponta a XP, os executivos destacaram que em outras lojas convertidas no passado (principalmente em localidades C/D), os resultados foram ainda mais fortes, com um aumento de vendas de até 4 ou 5 vezes.
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O Bradesco BBI avalia que o Carrefour está fazendo um movimento estratégico assertivo ao testar novas verticais de crescimento, em linha com as tendências do varejo alimentar brasileiro, mas mantendo-se fiel ao seu DNA principal, que é preços baixos devido a uma estrutura corporativa enxuta que leva a preços baixos.
No primeiro mês completo de operação, a loja que visitada teve um crescimento de receita que dobrou em relação ao formato anterior de hipermercado, com um alto mix de consumidores B2C (70%). Esta loja já atingiu KPIs recordes, como 165 mil transações mensais.
O Citi comentou que a gestão do Atacadão está se adaptando à nova fase de crescimento do atacado e do atacarejo após um considerável número de aberturas nos últimos dois anos e um cenário competitivo mais intenso.
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Durante a visita, a gestão também compartilhou suas opiniões sobre a concorrência, citando uma maior preocupação com players regionais bem “estruturados”. Em termos de vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), a gestão reconheceu que o 2º trimestre de 2023 foi um trimestre complicado e agora estão observando uma recuperação de preços em algumas categorias-chave.
De acordo com o Citi, a decisão do Carrefour de oferecer serviços é uma clara mudança de mentalidade – os executivos confirmaram que uma concorrência mais intensa influenciou sua decisão.
No primeiro mês completo de operação, a loja visitada pelos analistas apresentou crescimento de receita duas vezes maior do que no formato anterior de hipermercado, com uma alta parcela B2C, ou venda para o consumidor final (cerca de 70%). Esta loja já atingiu indicadores de desempenho recordes, como 165 mil transações mensais.
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O Bradesco BBI reitera sua preferência por Carrefour no setor com avaliação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 17. O Citi também tem recomendação de compra para Carrefour e preço-alvo de R$ 14.
No entanto, a XP Investimentos optou por manter recomendação neutra e preço alvo de R$ 20,0, enquanto espera que a integração do BIG ainda siga sendo um vento contrário aos resultados do grupo.