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O universo do day trade é desafiador, mas a transição de trader para analista adiciona camadas de responsabilidade que nem todos compreendem.
No episódio 229 do GainCast, Rafael Perretti e Mari Damaceno compartilharam suas experiências e perspectivas sobre a diferença entre operar com o próprio capital e dar recomendações para outros traders em tempo real.
Exposição e a responsabilidade
Com transmissões diárias e operações analisadas por centenas de pessoas, a credibilidade de um analista é um ativo valioso. “Estou construindo minha lâmina de resultado como analista, e nesse período inicial, qualquer oscilação pesa mais. No day trade, eu puxo minha planilha a cada live para mostrar transparência”, conta Perretti.
“A parte do analista tem uma responsabilidade muito maior do que a do trader. Quando se opera seu próprio capital, faz seu manejo de risco. Agora, quando se direciona isso para outra pessoa, a responsabilidade é muito maior”, afirma Perretti, que recentemente assumiu o papel de analista.
Mari Damaceno reforça a dificuldade de lidar com essa exposição: “O stop que eu tomo é só meu. Agora, quando se está em uma sala ao vivo e toma um stop, sua reputação está em jogo. A responsabilidade sobre as pessoas que estão ali também pesa”.
Papel educacional
O mercado é repleto de histórias de traders que perdem grandes quantias rapidamente. “Uma das histórias que mais me marcaram foi de uma pessoa que perdeu tudo e tentou tirar a própria vida. Por isso, temos um papel que vai além da análise técnica. Precisamos educar e alertar sobre os riscos”, relata Mari.
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Perretti também enfatiza a importância do aprendizado antes da prática: “Minha dica é consumir o máximo de conteúdo gratuito antes de operar. No YouTube, no canal da Clear, temos vídeos que explicam desde o básico até análises mais avançadas. Comece no simulador, depois no real, com lotes pequenos, e vá crescendo com confiança”.
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Momento econômico
Perretti destaca que o atual momento econômico do Brasil ainda é incerto e que o mercado precisa de sinais claros para retomar a confiança.
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“No Brasil, o que sempre derruba o governo é a questão econômica. A gente vive um momento de crise, uma crise de confiança. Temos uma política monetária contracionista com uma taxa de juros subindo para frear a economia, enquanto na outra ponta temos uma política fiscal expansionista, colocando mais dinheiro em circulação. Isso gera incertezas e impacta diretamente os investidores”, afirma.
Mari complementa essa visão, destacando como a política fiscal influencia diretamente a reação do mercado. “O nosso mercado está com a corda bem esticada, ele precisa de uma boa notícia para reagir. A gente já vê isso tecnicamente olhando para o preço. Mas essa questão fiscal, tributação e responsabilidade pública impacta diretamente a confiança dos investidores”, diz.
Perspectivas
Sobre a evolução do mercado brasileiro e a possibilidade de novos contratos futuros na B3, Mari pondera: “Seria muito mais interessante baratear o contrato de Bitcoin do que lançar novos ativos. Um micro contrato do Bitfut traria mais acessibilidade”.
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Perretti completa: “Se esses novos ativos vierem com contratos menores, a meu ver tem tudo para terem uma alta liquidez, como aconteceu com a introdução do mini-dólar, que trouxe mais participantes para a bolsa”.
A dupla segue liderando transmissões ao vivo, com o objetivo de formar traders mais preparados para os desafios do mercado. A lição central? Disciplina e gestão de risco são essenciais para sobreviver no day trade.
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o infomoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.