Dasa + Amil juntas? DASA3 salta mais de 13% após notícia sobre fusão de hospitais

Amil propôs fusão de hospitais com Dasa, de acordo com jornal, o que fez ação disparar

Equipe InfoMoney

Publicidade

As ações da companhia de medicina diagnóstica Dasa (DASA3) fecharam com uma disparada de 13,69%, a R$ 3,82, com o avanço se intensificando a partir das 16h (horário de Brasília).

O movimento foi impulsionado pela notícia do Valor Econômico de que a Amil propôs fusão de hospitais com a Dasa. A conversa entre as empresas teve “caráter informal”, de acordo com a reportagem, que citou fontes.

Confira abaixo o desempenho das ações da Dasa durante o pregão desta quinta:

Desempenho da DASA3 230524 (Imagem: Reprodução/B3)

Conheça as melhores estratégias para construir portfólios vencedores neste vídeo exclusivo com o Chefe de Investimentos da XP.

De acordo com a reportagem, cada empresa tem cerca de 12 hospitais de marcas reconhecidas como Nove de Julho, Samaritano, Pró-Cardíaco, Santa Paula, Leforte, entre outras, com unidades distribuídas em diferentes regiões do país.

A ideia, segundo as fontes, partiu da Amil e agora a proposta está na mesa da Dasa, que busca caminhos para melhorar sua eficiência operacional e reduzir o endividamento. Na semana passada, a família Bueno, controladora da Dasa, fez um aporte de R$ 1,5 bilhão para o caixa da companhia. Essa transação está atrelada a um aumento de capital e venda de um ativo de R$ 2,5 bilhão, no mínimo, até o fim do ano. A companhia está em negociações para venda de uma fatia minoritária do negócio de medicina diagnóstica com um grupo estrangeiro que atua no mesmo setor.

Continua depois da publicidade

Motivos para otimismo?

O Itaú BBA ressalta que o potencial acordo discutido na reportagem envolveria a fusão de dois importantes players do setor. A Amil possui cerca de três milhões de beneficiários de saúde e ativos hospitalares nas principais regiões do país, enquanto a Dasa possui a segunda maior rede de diagnósticos e opera uma grande rede de hospitais de primeira linha em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro.

“Uma potencial fusão entre as duas empresas permitiria à Amil aumentar a integração vertical e ter melhor controle sobre os custos de assistência. Além disso, a criação de uma rede hospitalar maior poderia aumentar o seu poder de negociação nas negociações com os pagadores de cuidados de saúde num ambiente de cuidados de saúde desafiador”, aponta.

O banco avalia ser importante considerar que um potencial acordo entre as duas empresas provavelmente levaria a uma análise detalhada do ponto de vista antitruste (pelo Cade), mas também seria complexo em termos de integração de ativos – dada a densidade de todas as unidades de negócios presentes em ambas as empresas. “Por último, é prematuro avaliar as potenciais implicações competitivas nos setores hospitalar ou de planos de saúde’, conclui.

Continua depois da publicidade

Ao falar especificamente sobre a Dasa, o Morgan Stanley apontou que a atual alta alavancagem da Dasa dificilmente será resolvida a partir da geração orgânica de caixa; portanto, qualquer evento que pudesse reduzir materialmente a dívida seria bem-vindo. “A reportagem contém poucos detalhes sobre qualquer estrutura de negócio potencial, mas observamos que as atuais condições do mercado de saúde (juros elevados e disponibilidade limitada de caixa) poderiam diminuir as chances de troca de dinheiro caso algum negócio ocorresse”, avalia o banco. Outras estruturas hipotéticas poderiam ser a injeção de dinheiro numa potencial NewCo (nova companhia) ou na própria Dasa. Em termos de competitividade, uma potencial fusão poderia trazer sinergias e poder de negociação, avalia o banco americano, ressaltando que o momento tem sido desfavorável aos prestadores de saúde, sofrendo pressões em capital de firo, credenciamentos e glosas.