Cyrela (CYRE3) lucra R$ 218 milhões no balanço do 4º trimestre, queda de 16,7%

Maiores volumes de obras em andamento de unidades já comercializadas e de reconhecimentos de lançamentos puxaram receita

Fernando Lopes

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A Cyrela (CYRE3) reportou um lucro líquido de R$ 218 milhões no balanço do 4º trimestre (4T21), desempenho 16,7% inferior ao do mesmo intervalo de 2020, de R$ 261 milhões.

No acumulado de 2021, o lucro líquido foi de R$ 914 milhões, 48,0% abaixo do alcançado em 2020, R$ 1,760 bilhão.

A margem bruta avançou 1,6 ponto percentual, para 33,4%, com a margem líquida caindo 8,2 pontos percentuais, para 16,5%. No ano, a margem líquida ficou em 19,1%, 33,7 pontos percentuais abaixo de 2020.

No 4T21, a Cyrela apresentou geração de caixa de R$ 100 milhões, comparável a geração de caixa de R$ 177 milhões no 3T21 e de R$ 439 milhões no 4T20.

Segundo a empresa, esses dados ratificam “o baixo nível de endividamento que a Companhia vem apresentando, em 4,1% Dívida Líquida / Patrimônio Líquido”.

Já a receita líquida total da companhia somou R$ 1,317 bilhão, montante 2% superior aos R$ 1,288 bilhão do 3T21 e 25% maior que os R$ 1,057 bilhão registrados no 4T20.

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O aumento na receita líquida se deu devido principalmente ao maior volume de obras em andamento de unidades já comercializadas e maior volume de reconhecimentos de lançamentos, explica a Cyrela.

O número de lançamentos caiu 8%, na base anual (de 25 para 17), o que refletiu no VGV: queda de 11,1% nos empreendimentos 100% Cyrela e de 6,7% na parte CBR. Porém, a empresa destaca que o Valor Geral de Vendas lançado foi 22% superior se comparado a 2020 (pré-pandemia), totalizando R$ 7,1 bilhões em um total de 54 empreendimentos.

As unidades vendidas caíram 27,6%, bem como a área útil vendida, que recuou 24,4%. As Vendas Totais Contratadas caíram 15,4%, de R$ 1,860 bilhão no 4T20 para 1,575 bilhão no 4T21.

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O banco de terrenos também caiu: 13,8%, com VGV Potencial perdendo 7,9% na base anual.

Os dados operacionais resultaram em um indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses de 44,0%, ficando abaixo do VSO do mesmo trimestre do ano anterior (48,4%) e inferior ao VSO apresentado no 3T21 (49,6%).

Segundo a administração, “com um cenário bastante desafiador devido ao aumento das taxas de juros, inflação mantida acima da expectativa e continuidade dos desafios impostos pela pandemia, a Cyrela apresentou em 2021 capacidade de execução, dados operacionais positivos e resultado financeiro sólido”.

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“O resultado operacional saudável impulsionou o resultado financeiro”, explicou.

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