CVM suspende oferta em criptoativos da fintech BlueBenx

Autarquia disse que identificou a realização de potencial oferta irregular por meio do site da empresa

Rodrigo Tolotti

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A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) suspendeu na noite de quarta a oferta pública de contratos envolvendo criptoativos da fintech brasileira BlueBenx.

Em nota, a autarquia disse que a área técnica identificou a realização de potencial oferta irregular por meio do site da empresa, sem prévia autorização da CVM, além de indícios de operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários.

Estão envolvidos no caso os produtos da BlueBenx chamados BENX, DeFi 90 dias, DeFi 180 dias, DeFi 360 dias e CriptoSavings.

A CVM ainda reforçou que a companhia e seus sócios, Roberto de Jesus Cardassi e William Tadeu Batista Silva, não possuem autorização da CVM para ofertar publicamente títulos ou contratos de investimento coletivo.

A autarquia determinou que a BlueBenx e seus sócios suspendam qualquer oferta de títulos ou contratos de investimento coletivo sem os devidos registros ou dispensas, estando sujeitos à multa diária no valor de R$ 100 mil.

E agosto desse ano, a companhia travou os saques após alegar ter caído em um suposto golpe virtual. Na época já ocorria o processo da CVM sobre a oferta irregular.

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A BlueBenx foi lançada em julho de 2018, segundo sua página no Linkedin. Alguns dos serviços oferecidos pelo negócio são oferta de pagamentos regulares e juros para detentores de criptomoedas, além de empréstimos.

Em 2019, após denúncias de clientes, a CVM abriu um processo para investigar indícios de oferta pública irregular. Para encerrar o caso, a BlueBenx tentou fechar um acordo de R$ 150 mil com o regulador. Em janeiro deste ano, no entanto, a autarquia disse que não iria aceitar a proposta “em vista do não cumprimento do requisito legal referente à cessação das irregularidades”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.