CVM marca julgamento de Barsi em suposto caso de insider trading na Unipar para terça

Investigação veio à tona em 2022; na ocasião, investidor disse ter "plena convicção que nada de errado foi praticado"

Equipe InfoMoney

Luiz Barsi Crédito:ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
Luiz Barsi Crédito:ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julga na próxima terça-feira (26) a partir das 15h (horário de Brasília) o caso do investidor Luiz Barsi Filho, investigado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suposta responsabilidade pelo uso de informação privilegiada (insider trading) por administrador da Unipar Carbocloro (UNIP6), antes da divulgação de fato relevante por parte da empresa, em 2 de junho de 2021.

Nesta data, a Unipar informou que celebrou com a Compass Minerals acordo de confidencialidade para analisar informações para uma possível operação de compra de unidades. Mas o negócio, posteriormente, não avançou.

Dias antes do fato relevante, porém, as ações ONs, PNAs e PNBs da Unipar chegaram a se valorizar até 7%, durante três pregões. Isso levou a CVM a questionar a companhia sobre essas movimentações atípicas, mas a Unipar informou desconhecer fatos que tenham levado à valorização dos papéis.

Na pauta de terça, também constam julgamento para apurar eventual responsabilidade de Marcello Macedo Advogados, administrador judicial da MMX – Mineração e Metálicos S.A. – Falida, pelo não envio de formulário cadastral atualizado e pela não entrega de formulário cadastral.

Nada de errado

Em nota no fim de 2022, quando a investigação veio à tona, Barsi afirmou que o processo por parte da CVM se tratava de um “procedimento de apuração, do qual tenho plena convicção que nada de errado foi praticado”.

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Segundo Barsi, “as operações com as ações ocorreram fora do período de silêncio, portanto lícitas como previsto pela Resolução da CVM nº 44/21; se tratam de valores extremamente imateriais perante minha posição e perante o volume médio diário negociado; e foram operações exclusivamente de compra, como sempre preconizei, portanto, sem evidência de qualquer venda ou lucro auferido”

“Não tenho uma carteira especulativa e nem me respaldo em qualquer informação para aquisição ou venda dos meus ativos, valendo-me sempre dos meus princípios que me guiam desde o início da minha vida como investidor”, escreveu na nota.

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Bilionário com mercado de ações

Um dos maiores investidores pessoa física da bolsa, Barsi tem uma fortuna estimada em R$ 2 bilhões, apenas com ações de empresas.

Seu método de investir consiste em comprar ações de empresas em setores perenes, que pagam bons dividendos e, por alguma razão, estão sendo negociadas com preço abaixo do valor patrimonial. E, então, esperar.