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A diretora financeira da Cteep (TRPL4), Carisa Portela Cristal, afirmou nesta terça-feira (1º), em teleconferência com analistas, que a companhia pretende manter a sua atual política de pagamentos de dividendos.
Segundo ela, neste segundo semestre, “as expectativas continuam boas” para a companhia, destacando o ciclo tarifário de 2023-24, que prevê uma Receita Anual Permitida (RAP) com acréscimo de R$ 1 bilhão a partir de julho de 2023.
Além disso, acrescentou a executiva, entrará em operação neste ano ainda a operação de Itaúnas e Triângulo Mineiro, que irão gerar um RAP adicional de aproximadamente de R$ 100 milhões.
“Com tudo isso, posso tranquilizar que a companhia mantém a atual prática de dividendos, de pagar 75% do lucro líquido regulatório, no limite de 3 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda”, disse.
“A gente olha a alavancagem da companhia e vê que está 2,65 vezes e com o crescimento do Ebitda. A tendência é que tenhamos uma situação bem confortável de alavancagem, de forma a fazer nossa usual declaração de dividendos”, completou ela.
Por volta das 11h20, as ações da Cteep sobem cerca de 1,6%, cotadas a R$ 25,51. A companhia elétrica registrou um lucro líquido 252,6% superior no 2º trimestre deste ano, na comparação com igual período de 2022.
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Balanço Cteep
Durante a teleconferência, Rui Chama, CEO da Cteep, afirmou que a empresa tem cinco projetos em construção e dois com obras a iniciar. Ele acrescentou que os projetos greenfield exigem investimentos totais de R$ 7,6 bilhões.
Além disso, Chama afirmou que os dois lotes vencidos do último leilão de transmissão em junho contam com receita anual permitida (RAP) de R$ 226 milhões, sendo os investimentos de R$ 2,4 bilhões.
Análise do resultado da Cteep
Para o Morgan Stanley, a Cteep (TRPL4) registrou ebitda em linha, mas lucro líquido abaixo da estimativa, principalmente com maiores despesas financeiras.
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O Morgan Stanley mantém a Cteep com recomendação equal-weight e aponta um perfil risco-retorno equilibrado.
Ademais, pontua o potencial limitado de criação de valor nos próximos leilões de transmissão, uma vez que a alta competição continua pressionando retorno de investimento. O banco tem preço-alvo de R$ 27/ação para a Cteep.
A XP, por sua vez, avalia que o lucro ficou acima das projeções da Casa, uma vez que as despesas financeiras ficaram abaixo das expectativas.
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Segundo a XP, os resultados refletem a entrada em operação de 81 projetos de reforços e melhorias e dois greenfields, além do efeito da inflação, segundo analistas da XP.
“Temos uma avaliação neutra dos resultados do 2T23 da Cteep e mantemos nossa recomendação”. O preço-alvo é de R$ 26/ação.
Por fim, o Itaú BBA aponta que o Ebitda do segundo trimestre ficou em linha com as estimativas, mas considera o resultado, como um todo, neutro.
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O banco tem recomendação market perform para a Cteep, com preço-alvo de R$ 26,89/ação.