CSN Mineração (CMIN3) prevê melhora nos resultados do 2T puxada por preço do minério

Benjamin Steinbruch destacou que a mineradora teve recorde de produção, mas sofreu com a queda brusca do preço do minério no 1º trimestre (1T)

Augusto Diniz

Raw ore at an open-pit mine in California.
Raw ore at an open-pit mine in California.

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O balanço da CSN Mineração (CMIN3) no 1T24 apresentou receita líquida de R$ 2,8 bilhões no período, uma de queda de 32% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, isso se deve à realização de preços.

Mas executivos da mineradora apontaram, durante teleconferência de resultados, que deverá ocorrer uma melhora no 2T24, por conta do preço do minério de ferro no período.

“Tivemos recorde de produção, compensado por uma queda brusca de preços de mais ou menos US$ 25. Isso impactou (nos resultados). Pelo lado positivo, melhorou a nossa produção, mesmo com essa queda de preço”, disse Benjamin Steinbruch, presidente da CSN Mineração.

CSN Mineração (CMIN3): visão positiva à frente

“Para frente, a produção continua bem. A gente vem demonstrando melhoras constantes na produção, dominando inclusive a quantidade comprada. O custo está controlado. Agora, a gente tem a melhora de preço. Mantida essas condições, nós teremos uma recuperação em função da melhora de preços já praticadas nesse segundo trimestre”, afirmou.

Steinbruch crê no nível de preço do minério de ferro no mercado internacional entre US$ 115 e US$ 125. “A gente continua apontando nesse range (faixa)”, disse.

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Projeto P15 avança

Ele ressaltou que o projeto P15 de beneficiamento do Itabirito, no site de Congonhas (MG), está com todos os equipamentos já contratados, apesar de não estar havendo ainda o desembolso. “Agora, é correr atrás e colocar para operar esse principal projeto que nós temos”, afirmou.

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“O negócio de mineração (do grupo CSN) está na mão. Com oscilações que podem haver de variação de preço no mercado, mas dentro desse range que a gente tem previsto, acreditamos numa melhora significativa do resultado (da mineradora), já que mantida as condições, o preço vai ser o ponto favorável”, complementou.

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Aquecimento na China

Pedro Oliva, CFO da CSN Mineração, também demonstrou confiança na recuperação do mercado.  “A China (maior consumidor de minério de ferro do mundo) está produzindo mais (aço), mas eles têm um breakeven (ponto de equilíbrio) elevado e só conseguem sustentar a produção nesse patamar de preço que a gente está vendo agora”, disse.

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“Com relação aos estoques nos portos (chineses), eles estão relativamente altos. Mas os estoques nas usinas seguem baixos. Isso é explicado pelo esforço no capital de giro (das siderúrgicas), dado o histórico recente de margens negativas. Agora, felizmente voltaram ao patamar positivo. Foi o primeiro mês (abril) positivo desde de julho de 2023 das siderúrgicas chinesas”, comentou.

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Oliva destacou que o governo chinês voltou a anunciar medidas de renovação de bens de consumo, como linha branca e automóvel.

“Isso deve ser um movimento relevante (de produção de aço) para compensar o setor imobiliário chinês, que segue tendo um correção para baixo comparado com períodos anteriores”, afirmou.

Mantida política de dividendos

Sobre dividendos, disse que está mantida a política de distribuição, com o anúncio de R$ 1,4 bilhões a ser pago até 28 de maio.

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“Isso demonstra que vamos seguir possibilitando essa distribuição forte de dividendos, ao mesmo tempo em que avançamos com os projetos de crescimento, com destaque para o P15”, disse Pedro Oliva.