CSN diz que cumprimento de meta de alavancagem até fim do ano “está desafiador”

A companhia terminou setembro com uma relação de dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 3,34 vezes

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – O objetivo da CSN (CSNA3) de reduzir o nível de endividamento até o final deste ano “está desafiador”, apesar do recebimento pela empresa de 4,4 bilhões de reais do grupo japonês Itochu pela venda de participação na mineradora do grupo, disse o diretor financeiro da companhia, Antonio Marco Campos Rabello, nesta quarta-feira.


“Atingir o nosso ‘guidance’ de 2,5 vezes está desafiador”, disse o executivo durante conferência com analistas após a publicação de resultados de terceiro trimestre da CSN na noite da véspera.


A companhia terminou setembro com uma relação de dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 3,34 vezes, praticamente estável ante o segundo trimestre e acima do nível de 2,63 vezes de um ano antes.


“Até o final do ano temos algums alavancas que estamos trabalhando”, disse Rabello. O executivo citou que a CSN pretende anunciar acordo para um sócio estratégico ou financeiro em sua geradora de energia CEEE até o final deste ano, mas não deu detalhes.


Além do sócio para a CEEE, e da expectativa de melhora adicional na performance operacional das três principais divisões — siderurgia, mineração e cimentos — a CSN também trabalha em acordos de pré-pagamento de minério de ferro, disse o executivo, citando que o câmbio exerce pressão contrária ao atingimento da meta.


Rabello afirmou que a CSN tem atualmente acordos de pré-pagamento envolvendo mais de 10 milhões de toneladas de minério de ferro, de um total de produção anual de mais de 40 milhões de toneladas. “É um volume confortável dentro da estratégia da companhia”, disse o executivo, citando que no último trimestre “foram feitos 750 milhões de dólares em pré-pagamento”.

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Apesar do objetivo “desafiador” de reduzir a alavancagem, a CSN segue negociando a compra da fabricante de cimento Intercement, disse Rabello. Um acordo de exclusividade de negociação entre CSN e grupo Mover, controlador da Intercement, que já havia sido extendido em meados do ano, expira em 16 de novembro.