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A CSN (CSNA3) e sua controlada CSN Mineração (CMIN3) divulgaram seus resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) com dados considerados fracos, ainda que com diferentes visões por parte dos analistas.
A Genial Investimentos aponta que houve dificuldades no segmento de mineração (com CSN Mineração), em função da contração dos preços do minério de ferro com 62% de pureza (queda trimestral de 11% ), enquanto a demanda por aço no mercado doméstico e o avanço da divisão de cimentos representam pontos de alívio parcial no consolidado da companhia. “Como a CMIN ainda possui muita influência no resultado da CSN holding, os números contraíram, marcando um trimestre difícil, conforme o antecipado”, apontam os analistas.
A CSN registrou prejuízo líquido de R$ 751 milhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma reversão dos R$ 91 milhões de lucro do mesmo período de um ano atrás. Segundo a empresa, o resultado foi consequência da combinação de menor resultado operacional com aumento nas despesas financeiras.
Já para a CSN Mineração, o lucro líquido foi de R$ 446,3 milhões no período, queda de 62,81% na comparação com o igual período de 2023, com queda do preço do minério de ferro no período, o que anulou o aumento do volume. Além disso, houve efeito da variação cambial.
Para o JPMorgan, apesar da queda do lucro, o resultado da CSN Mineração foi melhor do que o esperado, enquanto os altos custos pesaram negativamente na unidade de aço da CSN.
A CSN relatou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 2,3 bilhões, 3,3% abaixo de suas e 7,1% abaixo do consenso, com decepção nos segmentos de aço e logística. Na unidade de aço, o Ebitda de R$ 389 milhões veio 15,9% abaixo das projeções do banco americano impactado principalmente por custos mais altos, que ficaram 5,4% acima de sua projeção.
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No lado positivo, CMIN3, Cimento e Energia superaram nossas estimativas. O Ebitda da CSN Mineração de R$ 1,1 bilhão ficou 2,0% acima das estimativas do banco (ainda que 8,9% abaixo do consenso) com volumes recordes de vendas (+2,9% acima do JPMorgan) e menores custos C1 (custo de produção e frete da mina até o porto), que ficaram 6,3% abaixo do esperado pelo JPMorgan.
No cálculo do banco, o fluxo de caixa livre (FCF) da CSN e da CSN Mineração foi negativo em R$ 1,4 bilhão e R$ 413 milhões, respectivamente.
No geral, o banco projetou, antes da abertura do mercado, uma reação negativa aos números reportados de ambas as empresas.
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Na visão da XP, os resultados da CSN foram mais fracos no 3T24, com Ebitda ajustado 6% abaixo do que esperava. Em destaque: (i) as operações de mineração apresentaram um desempenho mais fraco, impulsionado pelos preços realizados de minério de ferro mais baixos, apesar de um desempenho de custo decente, compensado por (ii) resultados em melhoria na divisão de Siderurgia, com margens subindo para 6,4% no 3T24, refletindo volumes de vendas mais altos (principalmente no mercado doméstico), preços unitários mais altos (maiores volumes de vendas no mercado doméstico) e custos de slabs mais baixos; e (iii) um desempenho razoável na divisão de Energia, refletindo a retomada das operações no Rio Grande do Sul.
Por fim, a alavancagem ficou em cerca de 3,3 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda (praticamente inalterada em relação a cerca de 3,4 vezes no 2T24), permanecendo como uma das principais preocupações dos investidores em relação à tese de investimento da CSN.
O Ebitda da CSN Mineração também ficou cerca de 6% abaixo do projetado pela casa. Com os preços do minério de ferro mais baixos no 3T24, os resultados foram principalmente afetados por preços realizados mais fracos do que o esperado e maiores despesas de frete, apesar de apresentar mais um desempenho de custo decente. Além disso, os embarques de 11,9 Mt (milhões de toneladas), alta trimestral de 10% e anual de 2%, contribuíram para uma maior diluição dos custos fixos, apesar de um mix piorado (afetado pela demanda chinesa por minério de ferro de menor qualidade), o que também impactou o Ebitda ajustado.
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Por fim, a empresa anunciou que começou a construção do P15 em outubro de 2024. A XP reitera recomendação neutra para a CSN Mineração e para a CSN, mesma recomendação da Genial para os ativos, enquanto JPMorgan tem recomendação equivalente à venda para CMIN3 e neutra para CSNA3.