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As ações da CrowdStrike, empresa global de segurança cibernética,
desabaram cerca de 11% no pré-market da Bolsa de Nova York nesta sexta-feira (19), em meio a falhas no sistema da companhia que afetaram as operações de diversos setores pelo mundo. Os ativos CRWD fecharam com desvalorização de 11,10%, a US$ 304,96. No início da manhã, os papéis desabaram cerca de 19% no pré-market da Bolsa americana.
Durante a manhã, o CEO da CrowdStrike Holdings Inc. disse que a empresa identificou a atualização que travou os sistemas Windows em todo o mundo e que “uma correção foi implantada”.
“Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, disse o CEO George Kurtz em comunicado publicado no X na sexta-feira. “O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada.”
De acordo com um alerta enviado pela Crowdstrike a seus clientes e analisado pela Reuters, o software “Falcon Sensor” da empresa fez com que o Microsoft Windows travasse e exibisse uma tela azul, conhecida informalmente como “Tela Azul da Morte”. O alerta, que foi enviado às 02h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira, também compartilhou uma solução manual para corrigir o problema.
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Companhias aéreas interrompendo voos, algumas emissoras fora do ar e tudo, desde bancos até o setor de saúde, era prejudicado por problemas no sistema.
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A American Airlines, a Delta Airlines, a United Airlines e a Allegiant Air suspenderam seus voos alegando problemas de comunicação. A ordem veio logo depois que a Microsoft disse ter resolvido a interrupção de seus serviços em nuvem que afetou várias companhias aéreas de baixo custo, embora não tenha ficado imediatamente claro se essas companhias estavam relacionadas.
“Uma falha de software de terceiros está afetando os sistemas de computadores em todo o mundo, inclusive na United. Enquanto trabalhamos para restaurar esses sistemas, estamos mantendo todas as aeronaves em seus aeroportos de partida”, disse a United em um comunicado. “Os voos que já estão no ar continuam em seus destinos.”
As falhas se espalharam por toda parte.
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O setor de viagens foi um dos mais atingidos, com aeroportos em todo o mundo, incluindo Tóquio, Amsterdã, Berlim e vários aeroportos espanhóis relatando problemas em seus sistemas e atrasos.
Companhias aéreas internacionais, incluindo a Ryanair, a maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, alertaram sobre problemas em seus sistemas de reserva e outras falhas.
No Reino Unido, os sistemas de reservas usados pelos médicos estavam offline, segundo vários relatórios de autoridades médicas no X, enquanto a Sky News, uma das principais emissoras de notícias do país, estava fora do ar, pedindo desculpas por não poder transmitir ao vivo.
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Bancos e outras instituições financeiras da Austrália à Índia e à África do Sul alertaram os clientes sobre falhas em seus serviços, enquanto o LSEG Group relatou uma interrupção em sua plataforma de dados e notícias Workspace.
No Brasil, canais digitais de bancos, o setor aéreo e de energia brasileiros, entre outros, também foram afetados pela pane cibernética global.
(Com Reuters e Bloomberg)