Crítico às big techs, governo Trump pode contraditoriamente impor regulação ao setor

Paulo Gitz, estrategista global da XP, aponta também que petróleo pode sofrer pressão com possíveis sanções do presidente americano eleito

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Confirmando a expectativa da XP de eleição do republicano, Donaldo Trump, para ocupar a Casa Branca nos próximos quatros anos, inclusive com domínio de seu partido do Senado e possível também maioria na Câmara dos Representantes (semelhante à Câmara dos Deputados no Brasil), discute-se agora os impactos nos mercados com a eleição nos Estados Unidos.

Paulo Gitz, estrategista chefe da XP, participou nesta quarta (6) do programa Morning Call da XP e afirmou que o grande destaque das bolsas americanas podem ser as small caps, classe de empresas com menor valor de mercado negociadas na bolsa. Tudo isso por conta de possíveis medidas protecionistas do governo Trump.

Para o analista, é também possível que as treasures continuem subindo, como já vinha ocorrendo há algumas semanas com indicação de vitória do republicano. Já o dólar se apreciando era mais do que esperado.

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Regulação e sanção

Com relação a alguns setores na bolsa americana mais sensíveis a eleição, possivelmente o grupo que envolve as bigtechs – tirando a Telsa, cujo CEO, Elon Musk, é apoiador declarado do presidente eleito – é o mais importante a ser observado, segundo ele.

“O governo Trump tem uma visão bastante crítica às bigtechs”, apontou o estrategista. “Assim, a gente tem um pouco de cautela ao analisar essas grandes empresas de tecnologia”, complementou.

Ele explica que “embora os republicanos sejam um governo associado a menos regulação, talvez isso não seja verdade para as grandes empresas de tecnologia”. Paulo Gitz disse que os discursos do presidente eleito e seu vice, J. D. Vance, são de buscar regulação das empresas de tecnologia.

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Sobre o petróleo, que tem sofrido muita volatilidade por conta do conflito no Oriente Médio e a demanda irregular da China, o analista crê que possíveis sanções do novo governo americano podem pressionar para cima o seu preço. Ele afirma que essa questão tem um peso relevante no equilíbrio de oferta e demanda da commodity.

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