Crise de crédito: Libor de três meses sobe e atinge o maior nível em duas semanas

Preocupações de que autoridades monetárias mundiais não possam mais reduzir os juros básicos impulsionam a taxa londrina

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O impacto da crise financeira sobre as condições de crédito é evidenciado também pelo expressivo avanço nas taxa de interbancárias do mercado internacional.

Nesta quinta-feira (22), a taxa interbancária londrina Libor (London Interbank Offered Rate) de três meses em dólares registrou forte avanço em meio às preocupações de que autoridades monetárias mundiais não possam mais reduzir as taxas básicas de juro, depois de terem cortado-as para próximo do zero.

Libor

A taxa londrina subiu 3 pontos-base para 1,16% nesta sessão, marcando o maior nível desde o último dia 12 e o segundo avanço consecutivo. A taxa overnight também mostrou elevação, de 2 pontos-base.

Os Bancos Centrais estão chegando ao limite de baixa das taxas básicas de juro de seus países. O Federal Reserve reduziu a Fed Funds Rate para uma faixa entre zero e 0,25% ao ano no mês passado, ao passo que o juro básico do Japão agora é de 0,1% ao ano.

Outras taxas interbancárias

A Euribor (Euro Interbank Offered Rate) de três meses, que pode ser entendida como a taxa interbancária referência da zona do euro, apontou queda de 6 pontos-base nesta sessão, para 2,25%, menor nível desde outubro de 2005.

A taxa foi criada para englobar as operações interbancárias realizadas na moeda comum européia entre os países que assumiram o euro desde sua criação em 1999 até o momento.

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A Libor é a taxa preferencial de juros que é oferecida para grandes empréstimos entre os bancos internacionais que operam no mercado londrino. Para se ter uma idéia, é a taxa utilizada como base de remuneração para outros empréstimos em dólares a empresas e instituições governamentais.