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O dia é de franca recuperação para o Bitcoin (BTC) e principalmente as demais criptomoedas após correção no final de semana que fez o mercado como um todo desabar US$ 430 bilhões e traders que operavam alavancados perderem US$ 1 bilhão. A principal moeda digital do mercado começa a desenhar uma recuperação em V e já é negociada a US$ 51.283 às 7h, em alta de mais de 8,4% em 24 horas que já retoma a metade das perdas que levaram à mínima de cerca de US$ 42.600 atingida no último sábado (4).
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O resultado é ainda melhor por parte das altcoins, que avançam forte e ganham até 90% nesta manhã, caso do ativo de finanças descentralizadas (DeFi) Spell Token (SPELL). Os motivos da alta estão ligados à chegada na Binance Smart Chain, rede que tem maior volume de transações do que o Ethereum (ETH), e à proposta de queima automática de tokens.
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Além disso, a clássica BitTorrent (BTT) sobe 65,9% após anunciar sua própria blockchain e Loopring (LRC) e Polygon (MATIC) saltam entre 31% e 35% após Vitalik Buterin divulgar um novo trabalho em que sugere que soluções como essas serão o futuro do Ethereum.
O próprio Ethereum também sobe com força em meio à publicação do novo paper de Buterin, com ganhos de 11,1% no dia, para US$ 4.400. Em relação à mínima de sábado, a alta chega a quase 15%. O dia é tão positivo que apenas uma criptomoeda entre as 100 com maior capitalização apresenta queda no momento: a Bitcoin Cash ABC (BCHA), que recua 5,4%.
Com isso, a capitalização total volta para US$ 2,52 trilhões e a dominância (participação no total do valor de mercado) do Bitcoin despenca para 38,4%.
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A recuperação generalizada corrobora a tese de que a temporada de alta das criptomoedas ainda não acabou. Outro indicativo importante é o comportamento dos investidores de longo prazo, que têm ativos comprados há anos: eles não se moveram durante a última queda, que foi alimentada por vendas de compradores recentes.
O recuo teria sido provocado principalmente pela alta alavancagem em bolsas de derivativos não reguladas, que teria dado tração a uma correção que não deveria ter sido tão acentuada. No entanto, analistas seguem apontando a possibilidade de uma nova queda no curto prazo antes de uma retomada mais sustentada.
As reservas da corretora Bitfinex, por exemplo, uma das maiores do mundo, segue aumentando, o que aponta para uma possível onda de liquidação no horizonte. Para o Bitcoin, especialistas apontam o patamar de US$ 53 mil como chave para assegurar um caminho mais previsível rumo à recuperação dos preços para a casa dos US$ 60 mil novamente.
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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h01:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 51.283,45 | +8,4% |
Ethereum (ETH) | US$ 4.399,90 | +11,1% |
Binance Coin (BNB) | US$ 589,31 | +7,5% |
Solana (SOL) | US$ 202,32 | +13,5% |
Cardano (ADA) | US$ 1,46 | +13,9% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Spell Token (SPELL) | US$ 0,01727356 | +90,6% |
BitTorrent (BTT) | US$ 0,00394958 | +65,9% |
Kadena (KDA) | US$ 12,30 | +35,0% |
Loopring (LRC) | US$ 2,51 | +34,2% |
Polygon (MATIC) | US$ 2,33 | +31,7% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
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Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin Cash ABC (BCHA) | US$ 107,70 | -5,4% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 54,01 | -5,9% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 66,90 | -8,48% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 73,50 | +2,27% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 18,00 | -4,4% |
QR Ether (QETH11) | R$ 17,42 | +2,47% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (7):
Vitalik Buterin apresenta futuro do Ethereum em novo paper
O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, publicou um novo paper no qual detalha os próximos passos para a Ethereum 2.0, nova versão da tecnologia que ainda será liberada para todos em 2022. Ele chamou o trabalho de “Endgame”, ou “Jogada Final”, em tradução livre.
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No texto, o cofundador do projeto explica como aumentar a escalabilidade (capacidade de crescimento) sem deixar de lado a desintermediação e a resistência à censura, vistos como pilares incompatíveis em qualquer protocolo descentralizado – quando se melhora um, os outros dois ficam prejudicados.
Buterin apresentou um experimento teórico em que propõe uma rede que separa a verificação de dados da validação pela rede, o que em tese traria a resolução definitiva para o problema que hoje impede o Ethereum de crescer sem ficar congestionada.
“Conseguimos uma cadeia em que a produção de blocos ainda é centralizada, mas a validação de blocos não requer confiança em terceiros e é altamente descentralizada, e a mágica anticensura especializada impede que os produtores de blocos censurem”, explicou Buterin.
A proposta se baseia no que se chama de Criptografia de Zero Conhecimento (Zero Knowledge Cryptography, ou apenas ZK), uma tecnologia relativamente nova que vem ganhando força nas criptomoedas como alternativa para manter os dados privados na rede.
Principal cabeça por trás da invenção do Ethereum, Buterin deverá detalhar suas ideias na próxima quinta-feira (9) no evento ZK Day, promovido pela Polygon (MATIC).
Corretora hackeada promete devolver US$ 150 milhões a vítimas
A corretora de criptomoedas BitMart anunciou que irá usar um fundo próprio para reembolsar US$ 150 milhões em criptomoedas roubadas em um ataque hacker ocorrido na semana passada. A empresa afirmou que “nenhum ativo de usuário será prejudicado”.
A BitMart disse que a ofensiva se deu após o roubo de chaves privadas (senhas) das criptomoedas, permitindo aos hackers drenarem os valores das contas dos usuários. As criptos foram levadas para serviços de mixing, que funcionam como uma espécie de software para lavagem de dinheiro em criptos.
Hacks não ocorrem nas criptomoedas, mas nas plataformas de negociação. Na semana passada, a empresa de empréstimos com cripto Celsius Network foi uma das que registrou prejuízo após hack no BadgerDAO, um protocolo de finanças descentralizadas que perdeu cerca de US$ 120 milhões.
O maior hack da história ocorreu em 2021, com o PolyNetwork, outro protocolo DeFi, que teve US$ 600 milhões desviados de contratos inteligentes.
Ataques a corretoras centralizadas são mais raros e costumam ter mais chance de ressarcimento para as vítimas. Um dos motivos é a necessidade de resposta rápida a investidores. A BitMart, por exemplo, captou investimento do fundo de private equity Alexander Capital Ventures, de Nova York, a um valuation de mais de US$ 300 milhões.
A empresa espera retomar as funções de depósito e saques, que foram interrompidos desde o final de semana, a partir desta terça-feira.
Governo dos EUA lança nova força-tarefa para investigar exchanges
O governo Biden anunciou um novo plano de combate à corrupção que envolve a criação de uma força-tarefa para investigar corretoras de criptomoedas. O objetivo é descobrir o possível envolvimento dessas empresas com a prática de lavagem de dinheiro.
“O DOJ [Departamento de Justiça dos EUA] utilizará uma força-tarefa recém-criada, a Equipe Nacional de Execução de Criptomoedas, para se concentrar especificamente em investigações e processos complexos de uso criminoso de criptomoedas”, disse o documento oficial divulgado ontem.
Segundo a Casa Branca, a força-tarefa irá investigar “crimes cometidos por corretoras virtuais, serviços de mixing e agentes de infraestrutura de lavagem de dinheiro”.
O Departamento de Justiça também poderá realizar um escopo maior de intimações a empresas no exterior para solicitar registros financeiros, e implementa novas exigências de divulgação de informações.
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