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SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) prepara mais um fechamento semanal positivo após abrir a sexta-feira (8) em nova alta. A criptomoeda ultrapassou momentaneamente os US$ 56 mil pouco antes das 6h, preço que não era registrado desde 11 de maio, um dia antes de recuar mais de 10% a caminho das mínimas de julho.
Às 7h02, o BTC era cotado a US$ 55.386, em alta diária de 1,6%. Na semana, o principal ativo digital do mundo já acumula valorização de 26,4%. Segundo o JP Morgan, o rali é apoiado pela reentrada do capital institucional, que volta a buscar proteção contra a escalada da inflação global.
Um movimento parecido foi visto em 2020 durante o auge da crise provocada pela pandemia. Na ocasião, os aportes institucionais foram apontados como o principal catalisador para a disparada de preço do Bitcoin de US$ 10.000 para quase US$ 65.000 em seis meses.
A volta dos institucionais é registrada logo após a aprovação do primeiro ETF com exposição indireta ao Bitcoin nos Estados Unidos.
As notícias resultam no maior nível em meses (74 de 100 pontos) do Índice de Medo e Ganância do Bitcoin, que mede o sentimento dos investidores em relação à criptomoeda.
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Os ganhos do Bitcoin também se espalham por demais criptomoedas, principalmente as de menor valor de mercado. Essas altcoins registram desempenho ainda melhor no dia e sobem até 21%, caso da Fantom (FTM), que oferece uma solução alternativa ao Ethereum (ETH) e soma valorização de mais de 90% nos últimos sete dias.
A Chiliz (CHZ), moeda nativa da blockchain que cunha quase todos os fan tokens do mercado, incluindo de Flamengo, Corinthians e São Paulo, também se destaca com valorização de 11% na esteira de anúncio que empresa irá expandir o negócio para além dos esportes.
Na outra ponta, a criptomoeda que mais cai no dia é a Shiba Inu (SHIB), que despenca quase 30% após disparada que alcançou quase 400% em uma semana. Dessa maneira, mesmo com o forte recuo no dia, o ativo ainda acumula alta semanal de cerca de 200%.
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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h02:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Bitcoin (BTC) | US$ 55.386 | +1,6% |
Ethereum (ETH) | US$ 3.634 | +1,5% |
Cardano (ADA) | US$ 2,28 | -1,8% |
Binance Coin (BNB) | US$ 437 | -1,9% |
XRP (XRP) | US$ 1,08 | -0,7% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Fantom (FTM) | US$ 2,26 | +21,4% |
Harmony (ONE) | US$ 0,210194 | +20,2% |
yearn.finance (YFI) | US$ 37.156 | +15,8% |
Arweave (AR) | US$ 68,33 | +12,3% |
Chiliz (CHZ) | US$ 0,341148 | +11% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
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Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
Shiba Inu (SHIB) | US$ 0,00002238 | -28,9% |
Decentralized Social (DESO) | US$ 113,65 | -15% |
dYdX (DYDX) | US$ 21,72 | -5% |
Bitcoin Gold (BTG) | US$ 68,71 | -4,4% |
Internet Computer (ICP) | US$ 51,08 | -4,6% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF | Preço | Variação |
Hashdex NCI (HASH11) | R$ 52,80 | -0,38% |
Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 71,21 | -1,68% |
Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 59,17 | +0,68% |
QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 19,02 | -1,19% |
QR Ether (QETH11) | R$ 14,52 | +1,33% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (8):
Investidores institucionais estão comprando Bitcoin para se proteger de inflação, diz JP Morgan
Segundo um relatório do JP Morgan divulgado para clientes na quinta-feira (7), investidores institucionais estão se voltando novamente para o Bitcoin (BTC) como ativo de proteção contra a inflação. A moeda digital teria inclusive ganhado preferência em relação ao ouro.
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“Os investidores institucionais parecem estar voltando ao Bitcoin, talvez vendo-o como uma proteção de inflação melhor do que o ouro”, apontou o documento.
Para os analistas do banco, o ressurgimento de preocupações com a inflação entre os investidores renovou o interesse no uso da criptomoeda como hedge, o que, por sua vez, gerou uma nova onda de compras que estaria alimentando o rali que já resulta em alta semanal de quase 30% nos últimos sete dias.
O JP Morgan corrobora a tese levantada por dados trazidos pela casa de análise Glassnode, que já apontava a volta do capital institucional para a criptomoeda desde a última semana de setembro.
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Na ocasião, a entrada diária de, em média, US$ 1,75 bilhão no mercado teria sido responsável pelo fechamento mensal em US$ 43 mil, nível considerado crucial para dar ensejo a um movimento de alta em outubro, considerado um mês historicamente de recuperação para a criptomoeda.
Leia também: XP e Rico lançam dois fundos passivos de criptomoedas, com investimento a partir de R$ 100
Empresa pioneira dos fan tokens quer tokenizar marcas fora dos esportes
A Chiliz (CHZ), empresa-irmã da Socios.com, vai deixar de ser focada apenas nos esportes e prepara expansão para outras indústrias.
Em anúncio na manhã desta sexta-feira (8) via Twitter, o CEO Alexandre Dreyfus confirmou que a companhia irá investir US$ 60 milhões na tokenização de mídia, entretenimento (TV, música) e varejo, além de marcas em geral.
“Nosso objetivo é nos tornarmos um dos empreendimentos de blockchain mais mainstream/voltados para o consumidor”, disse o executivo.
O movimento acontece após a empresa liderar com sucesso a popularização dos fan tokens, categoria de criptoativos que já coleciona mais de 100 times de diversas modalidades.
A Chiliz é a plataforma onde foi cunhada a maioria dos fan tokens de times de futebol, incluindo Barcelona, Juventus e Paris Saint Germain, além de quatro clubes brasileiros até aqui: Atlético Mineiro e Corinthians, que já contam com os tokens $GALO e $SCCP, e Flamengo e São Paulo, que ainda preparam o lançamento dos ativos voltados para torcedores.
SEC aprova ETF com exposição indireta ao Bitcoin
A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) aprovou um ETF da Volt Equity com exposição indireta ao Bitcoin.
O Volt Crypto Industry Revolution and Tech ETF (BTCR) vai investir em empresas que detêm Bitcoin ou que atuam no setor de infraestrutura do mercado de criptomoedas, portanto devem seu faturamento ao setor.
“Eu acredito fortemente no Bitcoin e estava muito animado com o lançamento de um ETF que poderia tirar proveito da revolução do Bitcoin que se aproxima”, disse o CEO Tad Pak ao Business Insider.
A novidade compõe o caldeirão de expectativas para a possível aprovação do ETF de futuros de Bitcoin nos EUA, considerado um possível catalisador de novas máximas de preço da criptomoeda.
O produto deverá ser listado na Bolsa de Valores de Nova York nas próximas três semanas.
CEO da Tether some das redes sociais após novas críticas ao lastro do USDT
O CEO da Tether (USDT), Jean-Louis van der Velde, apagou sua conta pessoal no Twitter em meio a novos questionamentos sobre a saúde das reservas que dão lastro à maior stablecoin do mercado, com US$ 69,2 bilhões de valor de mercado.
O episódio ocorre após uma reportagem da Bloomberg revelar documentos que provariam que a o Tesouro da Tether detém papeis da chinesa Evergrande, algo que chegou a ser aventado recentemente, mas foi logo rechaçado pela emissora da cripto pareada ao dólar.
Antes de apagar a conta, van der Velde disse no microblog que “outra revista financeira escravizada e morrendo estava vindo com FUD”, termo em inglês para medo, incerteza e dúvida.
As reservas do USDT são alvos de críticas há anos, e foram reforçadas recentemente após acusações de que o lastro da stablecoin seria muito menor do que a quantidade de tokens emitidos.
A Tether chegou a ser banida de operar em Nova York e entrou em acordo com a Procuradoria local, pagando uma multa considerada pequena demais para o problema alegado.
Na indústria de criptomoedas, paira o receio de um eventual colapso do USDT poderia afetar diretamente o preço do Bitcoin, já que muitas unidades da stablecoin foram usadas para adquirir a criptomoeda ao longo dos anos.
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