Criptos hoje: moeda meme dispara mais de 300%, MoneyGram adota USDC e mais notícias

Shiba Inu sobe mais de 40% outra vez e já soma valorização de 330% na semana após compra bilionária no mercado

Paulo Barros

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SÃO PAULO – Diversas criptomoedas acompanham o movimento do Bitcoin (BTC) realizado na quarta-feira (6) e registram fortes ganhos na manhã de hoje, com vários ativos avançando dois dígitos e um punhado de moedas valorizando entre 20% e 40% enquanto o principal criptoativo do mercado cai de US$ 55 mil para US$ 54 mil.

A alta das altcoins, como são chamadas as criptomoedas que surgiram depois do Bitcoin, é novamente liderada pela Shiba Inu (SHIB), uma moeda digital que surgiu de um meme assim como a Dogecoin (DOGE) e tem o cachorro com a raça de mesmo nome como mascote oficial.

O ativo digital acumula alta de impressionantes 330% apenas nos últimos 7 dias, em disparada que já o leva para próximo de sua máxima histórica de US$ 0,00003791 registrada no dia 10 de maio – às 7h, a moeda era negociada a US$ 54.438.

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O avanço da SHIB ocorre semanas depois de sua listagem na Coinbase, corretora americana conhecida por impulsionar o preço de ativos liberados para negociação na sua plataforma. Dessa vez, no entanto, especula-se que a subida teria ligação com a atividade de um misterioso investidor que adquiriu 276 bilhões de SHIB em três compras separadas.

A compra bilionária não chegou a afetar o preço imediatamente, mas logo viria a se tornar muito lucrativa: pouco depois, o CEO da Tesla (TSLA), Elon Musk, publicou no Twitter a foto de um cachorro da raça Shiba Inu, no que seria um “sinal de compra” prontamente atendido pela comunidade e servido de catalisador para o preço da criptomoeda.

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Enquanto as altcoins disparam, a MoneyGram deu mais um passo na escalada de adoção de stablecoins e anunciou novo acordo com a Circle, emissora da USD Coin (USDC) nos EUA. Já do outro lado do mundo, Rússia e Ucrânia anunciaram novas medidas para regular e restringir o acesso de investidores comuns a criptomoedas.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h03:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 54.438 +7,2%
Ethereum (ETH) US$ 3.578 +6,2%
Cardano (ADA) US$ 2,32 +8,9%
Binance Coin (BNB) US$ 445 +6,2%
XRP (XRP) US$ 1,08 +5,5%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00003141 +42,3%
Fantom (FTM) US$ 1,86 +41,2%
Arweave (AR) US$ 60,95 +24,6%
Bitcoin Gold (BTG) US$ 71,89 +21,4%
Bitcoin SV (BSV) US$ 170,86 +21,4%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Olympus (OHM) US$ 815,93 -9,3%
Amp (AMP) US$ 0,04941518 -2,2%
Decentralized Social (DESO) US$ 133,67 -2,3%
XDC Network (XDC) US$ 0,130733 -0,7%
Flow (FLOW) US$ 19,21 -0,8%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

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ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 53,00 +5,37%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 72,43 +7,05%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 58,77 +2,21%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 19,25 +7,84%
QR Ether (QETH11) R$ 14,33 +2,58%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (7):

MoneyGram vai usar stablecoin USDC para liquidar transações

A empresa de serviços financeiros MoneyGram Internatioal, conhecida por seu serviço de remessas internacionais, vai utilizar a stablecoin USD Coin (USDC) para liquidar transações na conversão de cripto para dinheiro fiduciário.

O novo serviço, segundo um comunicado divulgado na quarta, permitirá converter dinheiro em USDC e USDC em dinheiro de forma rápida e com baixo custo. A stablecoin, que normalmente usa a rede Ethereum, conhecida pelas altas taxas, irá rodar na rede da Stellar, que oferece mais agilidade e menores taxas de rede.

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“À medida que as moedas criptográficas e digitais ganham destaque, estamos especialmente otimistas quanto ao potencial das stablecoins como um método para agilizar os pagamentos internacionais”, afirmou o CEO da MoneyGram, Alex Holmes. A MoneyGram irá trabalhar em conjunto com a Circle, emissora do USDC, para liquidar as transações, que por sua vez terão intermediação do United Texas Bank.

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Vale lembrar que não é a primeira vez que a MoneyGram trabalha com criptomoedas para modernizar sua operação. Até o começo de 2021, a empresa tinha acordo com a Ripple para baratear custos de remessas utilizando o token XRP, até que o contrato foi encerrado por conta da batalha judicial entre a empresa do setor de criptoativos e a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).

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O curioso é que a Stellar foi fundada por Jed McCaleb, que também ajudou a criar a Ripple e detém uma das maiores fortunas do mundo graças às suas reservas no token XRP.

A MoneyGram programa lançar o novo serviço de conversão com USDC “em mercados selecionados” nos Estados Unidos ainda este ano, e em outros países em 2022.

Mineradora Riot Blockchain triplica produção para US$ 132 milhões

A Riot Blockchain, empresa americana listada na bolsa dos EUA e especializada na mineração de Bitcoin, quase triplicou sua produção no último ano atingindo a extração de 2.457 BTC, avaliados em cerca de US$ 132,6 milhões pela cotação de hoje.

O número implica em um aumento de exatos 246% na comparação com o mesmo período do ano passado, em crescimento puxado pelo desempenho de setembro, quando a mineração acelerou quatro vezes ano a no, com 406 BTC adquiridos no mês como recompensas por descobertas de blocos – em 2020, o mesmo mês registrou apenas 91 BTC.

Segundo a Riot, o recorde é decorrente do investimento em um parque composto por cerca de 25.646 equipamentos de mineração, que totalizam 2,6 exahashes por segundo (EH/s) de capacidade computacional. A expectativa é incrementar o número para 2,8 EH/s em novembro após a aquisição e implantação de mais 2 mil máquinas Antminer S19Js, fabricadas pela chinesa Bitmain.

A Riot tem sede nos Estados Unidos e opera em dois data centers em Nova York e no Texas. Sua operação cresceu apoiada pela migração da mineração de Bitcoin da China após imposições do governo local contra a atividade em maio deste ano. Desde então, os EUA se tornaram um dos principais polos mundiais de mineração graças a um dos pools (conjuntos de mineradores) que mais concentram poder computacional na rede global de validação da criptomoeda.

Ucrânia adia decisão sobre regulação de criptomoedas

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, devolveu ao congresso um projeto de lei que definiria a regulação das criptomoedas no país. O mandatário pediu revisão de trechos do documento e alinhamento com o interesse de transformar a agência reguladora do mercado de capitais a única supervisora desse novo mercado.

A proposta original, de junho de 2020, previa a supervisão fragmentada das criptomoedas entre a Comissão Nacional de Valores Mobiliários e Mercado de Ações, que trataria apenas de ativos enquadrados como valores mobiliários, e o Ministério da Transformação Digital, que seria responsável pelos demais criptoativos.

Agora, os deputados devem voltar a discutir a possibilidade de concentrar os poderes na agência com papel similar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil. Caso a mudança seja acatada, corretoras e comerciantes individuais de criptomoedas terão que solicitar licença ao órgão para atuar dentro da lei.

Enquanto isso, Zelensky pediu ao Banco Nacional da Ucrânia para tocar o projeto de moeda digital oficial, acompanhando o movimento de diversos países que buscam digitalizar a economia para oferecer um contraponto estatal às criptomoedas. O ativo digital ainda não tem previsão de lançamento.

Rússia pode limitar compra de criptomoedas

Parlamentares russos estariam trabalhando em um novo projeto de lei que visa restringir a compra de criptomoedas apenas por investidores profissionais, afirmou na quarta-feira (6) a agência de notícias Interfax.

O presidente do Comitê de Estado sobre Mercado Financeiro, Anatoly Aksakov, disse que a Rússia precisa adotar nova legislação para proteger investidores de possíveis perdas com criptomoedas.

“Criptomoedas estão sujeitas a um foco crescente, e nós pretendemos oferecer máxima proteção para nossos cidadãos que investem em ativos digitais porque são um novo instrumento, e são difíceis demais para o investidor não qualificado”, apontou.

A novidade está em linha com uma medida anunciada recentemente pelo governo russo, que pretende proteger os investidores de varejo de compras “emocionais” de criptomoedas. Para isso, o banco central do país planeja desacelerar transações para corretoras de criptomoedas, de modo a desestimular depósitos destinados a compras de ativos digitais no calor do momento durante fortes movimentos de alta.

Usuário paga quase US$ 1 milhão por depósito em corretora de criptomoedas

Um usuário acusou a corretora de criptomoedas FTX de cobrar uma comissão de quase US$ 1 milhão por um depósito feito de maneira incorreta na plataforma.

O dono do perfil anônimo restringir @RektHQ disse ter sido cobrado US$ 954.135 em taxas da exchange pelo trabalho na recuperação de US$ 6,3 milhões depositados em uma carteira de endereço incorreto, e que normalmente teriam sido perdidos para sempre.

Ele, no entanto, alega ter sido ludibriado pela interface da plataforma, que identificou a stablecoin Paxos USD como USDP, mesmo código de negociação da criptomoeda nativo do protocolo DeFi Unit Protocol.

“Foi assim que @SBF_FTX entrou na Forbes?”, provocou o usuário em alusão ao registro de Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, na lista da Forbes das pessoas mais ricas do mundo – a atualização mais recente traz seis bilionários do setor de criptomoedas, e Bankman-Fried tem a maior fortuna, avaliada em US$ 22,5 bilhões.

Embora sem citar o usuário, o executivo recebeu o recado e comentou o caso publicamente.

“Atualizaremos nossas isenções de responsabilidade para serem mais abrangentes, mas obviamente se você tentar depositar um token que a FTX não suporta, talvez não possamos recuperá-lo; e se pudermos, isso pode ser confuso e caro”, lembrou.

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Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas