Bitcoin corrige 17%, Binance lança novo metaverso e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Segundo analistas, a correção foi a menor do ano até aqui, o que pode abrir caminho para altas mais prolongadas pela frente

Paulo Barros

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O Bitcoin (BTC) fechou novembro pouco acima dos US$ 57 mil, em queda de 17% em relação à máxima de cerca de US$ 69 mil que frustrou expectativas de quem apostava na continuação da alta vista no mês anterior. Entre os motivos estão fatores que também afetaram as bolsas globais, como o surgimento da variante Ômicron do coronavírus e o anúncio de aceleração na retirada de estímulos econômicos pelo Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos.

No entanto, especialistas apontam que há motivos para esperar um encerramento de ano positivo para a criptomoeda. Segundo a casa de análise Glassnode, especializada em criptoativos, a correção atual é a menor até o momento em todo 2021.

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Em janeiro, fevereiro e abril, a queda distanciou o Bitcoin em até 24% do topo histórico daquele momento. Em setembro, o recuo foi de cerca de 37%. No momento mais severo, entre maio e julho, o preço mergulhou 54% quando comparado ao topo de US$ 64 mil atingido até ali.

Ainda de acordo com a Glassnode, a correção deve ser considerada como normal para aquele investidor que compra Bitcoin para o longo prazo. Além disso, haveria indícios para esperar que a correção está próxima do fim, o que abriria caminho para um período mais prolongado de valorização.

Projeções positivas para o Bitcoin, que segue negociado por US$ 57 mil, levam otimismo também para outras criptomoedas. O Ethereum (ETH), segundo maior ativo por valor de mercado, supera o desempenho do BTC e imprime ganhos de quase 7% hoje, alcançando US$ 4.741. Já a Solana (SOL) avança 10,3% e volta para a casa dos US$ 222.

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Leia também: Veja quais foram as maiores altas e baixas de criptomoedas em novembro

Os números são ainda melhores no caso da Mbox (MBOX), uma criptomoeda de metaverso que disparou mais de 50% após a Binance aderir com força ao lançamento do projeto e oferecer NFTs de graça para quem se cadastrar na plataforma. Em apenas 12 horas, um milhão de pessoas se registraram.

Outro destaque é a Stacks (STX), uma cripto que usa a rede do Bitcoin para liquidar transações e que sobe 26,7% hoje. O projeto tem programada para os próximos dias uma atualização que promete multiplicar por até 10 vezes sua capacidade de transações por segundo.

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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 57.042,95 +0,6%
Ethereum (ETH) US$ 4.741,38 +6,8%
Binance Coin (BNB) US$ 641,90 +4,8%
Solana (SOL) US$ 222,39 +10,3%
Cardano (ADA) US$ 1,60 +1,6%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Mbox (MBOX) US$ 12,80 +53%
Stacks (STX) US$ 2,99 +26,7%
Curve DAO Token (CRV) US$ 5,33 +15,5%
Ecomi (OMI) US$ 0,00645201 +15,2%
Polygon (MATIC) US$ 1,94 +12,5%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin Cash ABC (BCHA) US$ 105,96 -12,0%
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00004548 -7,3%
e-Radix (EXRD) US$ 0,420985 -3,9%
Radix (XRD) US$ 0,423537 -2,8%
Cosmos (ATOM) US$ 27,73 -2,3%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 62,69 +2,85%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 77,40 -1,4%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 80,00 +6,35%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 20,85 +1,5%
QR Ether (QETH11) R$ 19,33 +6,85%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (1):

Protocolo DeFi tem US$ 31 milhões em criptomoedas roubadas

O protocolo de finanças descentralizadas MonoX Finance sofreu um ataque hacker na terça-feira (30) responsável pelo desvio de US$ 31 milhões em diversas criptomoedas depositadas por usuários que esperavam obter rendimentos.

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A equipe do projeto confirmou que uma falha em seus contratos inteligentes permitiu que o hacker inflasse o preço de token MONO e usassem-no para comprar outros ativos. Entre as criptos roubadas, estavam US$ 2 milhões em Bitcoin, US$ 18,2 milhões em Ethereum e US$ 10,5 milhões em MATIC, a moeda nativa da rede Polygon.

A MonoX é uma exchange descentralizada (DEX), um tipo de plataforma de negociação que usa softwares conhecidos como smart contracts para eliminar intermediários na operação, permitindo que os usuários negociem entre si, sem um livro de ordens de compra e venda.

Para oferecer esse tipo de solução, a DEX oferece rendimento a usuários que aceitarem depositar suas criptos ali para criar a liquidez necessária para as negociações. Os retornos costumam ser altos, em alguns casos na casa das dezenas de vezes por ano. No entanto, pelo caráter experimental dos projetos, o risco de sofrer um ataque hacker e perder tudo é alto.

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Ethereum convoca usuários para teste de fusão com versão 2.0

Desenvolvedores do Ethereum anunciaram um novo programa de testes voltado para usuários e especialistas que desejam contribuir para o lançamento final da versão 2.0 da plataforma blockchain.

A ideia é obter feedback sobre o processo de combinação da rede atual e da Beacon Chain, uma rede secundária em modo experimental que deverá assumir como principal em meados de 2022. O processo é chamado de Merge (fusão).

Usuários que não são especialistas poderão configurar programas de computador, enviar transações e informar o time de desenvolvimento sobre eventuais falhas, assim como acontece em programas de testes convencionais para softwares de computador.

Se tudo correr como esperado, a Beacon Chain deverá se fundir com a rede atual e dar início ao Ethereum 2.0, versão que abandona de vez a mineração da criptomoeda ETH ao adotar o sistema de staking, em que os validadores não precisam mais de supercomputadores para verificar transações e obter recompensas. Em vez disso, será necessário ter pelo menos 32 ETH bloqueados em um contrato inteligente.

BC promove desafio de casos de uso para real digital

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou na terça-feira (30) uma edição especial do evento LIFT Challenge Real Digital voltada para pensar em novos casos de uso para o real digital, a moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) brasileira.

O projeto dará preferência para soluções de entrega contra pagamento, pagamento contra pagamento, internet das coisas, pagamentos offline e finanças descentralizadas (DeFi), segmento em que o próprio Campos Neto já admitiu que o real digital pretende atuar.

Entre os requisitos das soluções está, por exemplo, a compatibilidade com sistemas de pagamentos convencionais, incluindo o Pix. Os projetos participantes serão desenvolvido por seis meses com acompanhamento direto da equipe técnica do Banco Central. As inscrições começam em 10 de janeiro de 2022.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos