Publicidade
A criptomoeda russa Waves (WAVES) disparou 185% desde 24 de fevereiro, dia em que o exército de Vladimir Putin atacou a Ucrânia. O projeto foi criado em 2016 em Moscou, na Rússia, pelo físico ucraniano Sasha Ivanov, que estudou no país e atualmente vive por lá, segundo seu perfil no Facebook.
Na madrugada de terça-feira (8), a cripto chegou a ser negociada a US$ 24,28, ante os US$ 8,51 vistos há pouco mais de 10 dias. No momento da redação deste texto, no entanto, a moeda registrou um leve recuo para US$ 22,70.
Para efeito de comparação, o Bitcoin (BTC), maior criptomoeda em valor de mercado, caiu 1% no mesmo período, e o Ethereum (BTC), que ocupa a vice-liderança em capitalização, perdeu 2,65% de seu valor.
A WAVES é a cripto nativa da blockchain homônima Waves, uma plataforma de código aberta na qual os usuários podem criar aplicativos descentralizados (dApps, na sigla em inglês) e contratos inteligentes (smart contracts).
O projeto, que foi chamado de “Ethereum Russo”, foi lançado em meados de 2016 após captar cerca de US$ 17 milhões em uma Oferta Inicial de Moedas (ICO, ou Initial Coin Offering), um tipo de captação de recursos semelhante a uma IPO.
Seu criador, Sasha Ivanov, também esteve envolvido em outras iniciativas no mercado cripto, como a criação de uma exchange chamada coinmat.com, segundo dados do Crunchbase.
Continua depois da publicidade
Por que a WAVES subiu
Parte da valorização da WAVES pode ser atribuída à guerra entre Ucrânia e Rússia, que jogou holofotes sobre o ativo digital até então desconhecido do “mainstream”. No Twitter, o fundador da Waves publicou a frase “Eu sou de Zaporozhye, na Ucrânia” para lembrar sua origem.
Mas não foi só o conflito entre os dois países que contribuiu para a valorização da moeda. Na quinta-feira (3), a Binance anunciou que adicionou a Waves em sua plataforma de empréstimos, a Binance Loans. Nas 24 horas seguintes, a cripto deu um salto de 11%.
Continua depois da publicidade
No mês passado, o projeto também divulgou notícias que deixaram a comunidade cripto entusiasmada. Uma delas foi a criação de um fundo de US$ 150 milhões para expansão de iniciativas da empresa nos Estados Unidos.
A outra novidade anunciada foi o processo de migração da Wave para a Wave 2.0. Esse upgrade, segundo o roadmap (guia) do projeto, prevê mudanças no mecanismo de consenso da rede, bem como sua ligação com a Ethereum Virtual Machine (EVM), plataforma do Ethereum usada pelos desenvolvedores para a criação de aplicativos.
Além disso, a empresa formalizou uma parceria com a Allbridge, uma ferramenta que permite a transferência de tokens entre diferentes blockchains. Com isso, a Waves será capaz de criar pontes com outras redes descentralizadas.
Continua depois da publicidade
Nas redes sociais e na internet, dezenas de pessoas detentoras de Waves estão tentando criar um “buzz” para provocar uma valorização ainda maior da moeda. Há frases como “vamos aumentar o preço (da cripto) para ajudar o povo ucraniano”.
Cabe lembrar, no entanto, que apesar de o ativo ter sido criado por um físico nascido na Ucrânia, não há ligação direta entre o projeto e o esforço do governo do país para arrecadar fundos.
Até onde as criptomoedas vão chegar? Qual a melhor forma de comprá-las? Nós preparamos uma aula gratuita com o passo a passo. Clique aqui para assistir e receber a newsletter de criptoativos do InfoMoney