Criptomoeda brasileira com estratégia ESG, MCO2 é listada em uma das maiores corretoras do mundo

Criado pela MOSS, token é lastreado em créditos de carbono e apoia projetos que promovem a preservação da fauna e da flora na Amazônia

Rodrigo Tolotti

(RomoloTavani/Getty Images)
(RomoloTavani/Getty Images)

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SÃO PAULO – A criptomoeda MCO2, criada pela plataforma brasileira MOSS, acabar de realizar um grande feito ao ser listada em uma das maiores corretoras de moedas digitais do mundo, a Gemini, o que pode dar um grande impulso em sua visibilidade global.

Lançado em março de 2020, o token MCO2 tem seu lastro ligado aos chamados créditos de carbono, um certificado criado com o Protocolo de Kyoto que comprova que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) deixou de ser emitida para a atmosfera.

A intenção desses créditos é estimular companhias a reduzirem seu impacto ambiental, já que conforme elas conseguem reduzir a sua emissão de poluentes, ganham o direito de vender essas medidas positivas em forma de créditos de carbono.

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A MCO2 entra nesse mercado ao tokenizar os créditos, permitindo que qualquer pessoa possa negociar os ativos e não só lucrar com ele, mas ajudar a incentivar estratégias que ajudem o meio ambiente.

Nesse caso, a tecnologia garante o rastreamento digital dos créditos de carbono em projetos que fazem parte da iniciativa REDD e REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal somado à conservação do território), certificados internacionalmente, além de garantir sua integridade sobre o processo de compensação.

Com isso, quando pessoas ou empresas compram e compensam créditos de carbono com a MOSS elas apoiam projetos que promovem a preservação da fauna e da flora na Amazônia e o trabalho de comunidades ribeirinhas que trabalham com extrativismo nessas iniciativas. Recentemente a MOSS fez parcerias com companhias como Gol, Ifood, Hering e Amaro.

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Segundo a empresa, a chegada do token MCO2 na Gemini também atende a uma demanda dos investidores por ativos mais sustentáveis. Uma pesquisa da Economist Intelligence Unit (divisão de pesquisas da revista The Economist) mostra que 93% dos millennials acreditam que impacto social é um ponto-chave na hora de tomar decisões de investimentos.

“A chegada do MCO2 token na Gemini é mais uma forma de ratificar a seriedade, a segurança e a dimensão do propósito da MOSS de promover a proteção da Amazônia. Nossas parcerias com grandes empresas esse ano combinadas com a segurança e confiança de grandes listagens como a Gemini reforçam a credibilidade do nosso ativo digital e seu verdadeiro impacto ambiental, certificado internacionalmente”, afirma Luis Adaime, fundador e CEO da MOSS.

A Gemini foi fundada em 2014 pelos irmãos Winklevoss é uma empresa fiduciária dos Estados Unidos regulamentada pelo Departamento de Serviços Financeiros do Estado de Nova York (NYSDFS). Ela também foi a primeira exchange a completar a avaliação no SOC 2 Tipo 2, o nível mais alto de conformidade de segurança nas operações, da gigante de auditoria e contabilidade Deloitte.

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Já a MOSS tem feito muito sucesso apesar de seu pouco tempo no mercado. Após pouco mais de um ano de sua fundação, ela já transacionou mais de R$ 70 milhões, que já ajudaram a conservar cerca de 500 milhões de árvores na Amazônia. No Brasil, o token MCO2 está listado no Mercado Bitcoin e FlowBTC. Fora do país também está disponível em bolsas como ProBit e Uniswap.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.