Credit eleva recomendação para ação do BB (BBAS3) e rebaixa Santander (SANB11); visão segue positiva para Bradesco (BBDC4)

Recomendação para banco estatal vai para equivalente à compra, com "ação barata demais para se ignorar"; SANB11 vai para neutra

Equipe InfoMoney

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O Credit Suisse revisou as suas recomendações para os papéis do setor bancário, elevando a recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) para equivalente à compra, reduzindo a recomendação para as units do Santander Brasil (SANB11) e mantendo visão positiva para o Bradesco (BBDC4), ainda que reduzindo ligeiramente o preço-alvo para os ativos deste último banco.

A equipe de analistas reduziu o preço-alvo dos ativos BBDC4 de R$ 30,91 para R$ 30,00, ainda um potencial de valorização de 45% em relação ao fechamento de sexta-feira (3), mantendo recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado).

O Credit diz que o ajuste levou em consideração os desafios macroeconômicos do Brasil, mas segue confiante em um cenário de resultados positivos para o Bradesco e o setor bancário no quarto trimestre e no ano de 2022.

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O banco acredita que o mercado está subestimando o crescimento da margem financeira (NII, na sigla em inglês) e superestimando o risco de inadimplência, ao mesmo tempo que subestima o retorno significativo e o sucesso da estratégia digital de grandes bancos na competição com novas instituições, com melhoria significativa na experiência do cliente, sem mencionar o grande crescimento da base de clientes digitais.

Já a recomendação para os ativos SANB11 passou de outperform para neutra, com o preço-alvo para doze meses sendo reduzido de R$ 50,88 para R$ 42, um potencial de alta de cerca de 25% em relação ao último fechamento.

O banco explica que, embora permaneça positivo quanto à perspectiva de lucros para os próximos dois anos e o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla inglês) estruturalmente mais alto, vê uma perspectiva de crescimento de lucros menos promissora em relação aos pares em 2022 devido à desaceleração esperada no crescimento de NII na normalização de ganhos de Asset Liability Management (ALM).

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Por outro lado, a equipe de análise apontou que a ação do Banco do Brasil está “barata demais para ignorar”, elevando o preço-alvo de R$ 38 para R$ 45, o que configura um potencial de valorização de 40% frente à cotação de sexta.

O banco suíço prevê um crescimento de dois dígitos na NII, com retorno sobre patrimônio líquido conservadoramente em torno de 15%, juntamente com uma dinâmica sólida de lucros com um crescimento médio anual composto (CAGR) entre 2021 e 2023 de 15%.

O Credit Suisse acredita que o mercado está subestimando a perspectiva de lucro do BB, pois estima entre 6,5% e 19,5% acima do consenso para 2022 e 2023.

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Na avaliação dos analistas, o risco de interferência política já está em grande parte com o preço. “Embora reconheçamos que o risco de interferência política sempre foi e provavelmente continuará a fazer parte do case de investimento do Banco do Brasil, achamos que as avaliações atuais já incorporam um desconto significativo com a ação negociando atualmente a um múltiplo de 4,5 vezes o preço sobre o lucro esperado para 2022”, apontam.

Eles ainda ressaltam que existe menos espaço de manobra para interferência política atualmente, dada a aplicação de medidas de responsabilidade, além do aprimoramento dos padrões de governança, somando-se ainda à aprovação da autonomia do Banco Central.

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