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O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,3% em abril na comparação com março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11). Na comparação com abril de 2021, a alta foi de 8,3%.
O resultado veio bastante abaixo da alta de 1,2% de março, mas acima do esperado pelo mercado: a estimativa era de uma alta de 0,2% na comparação mensal e de 8,1% na anual, segundo o consenso Refinitiv.
O núcleo da inflação, que exclui alimentos e energia (cujos preços são mais voláteis), subiu 0,6% em abril na comparação mensal e 6,2% na anual. O resultado mensal veio acima dos 0,3% de março e também acima do esperado pelo mercado (+0,4% e +6,0%).
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O aumento de preços nos EUA é ponto principal de atenção dos mercados, principalmente porque o Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano) está elevando as taxas de juros e cortando seu balanço patrimonial para lidar com a inflação.
Logo após a divulgação do CPI, as bolsas americanas passaram a operar em queda, com o Dow Jones Futuro recuando 0,13%, o S&P 500 Futuro caindo 0,36% e o Nasdaq Futuro retraindo 0,77%. Antes, os três índices operavam em altas de 0,91%, 1,16% e 1,49% (acompanhe aqui o tempo real da Bolsa).
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O que puxou a inflação
Os preços de energia acumulam alta de 30,3% nos últimos 12 meses e os de alimentos, 9,4% — a maior alta acumulada desde abril de 1981, segundo o BIS (Bureau of Labour Statistcs), órgão ligado ao Departamento do Trabalho americano.
O BIS diz que a inflação de moradia, alimentação, passagens aéreas e carros novos foram as maiores contribuições para a alta de todos os itens com ajuste sazonal. O índice de alimentos subiu 0,9%, puxado pela alimentação em casa (+1,0%).
Cuidados médicos, recreação e móveis e operações domésticas também subiram em abril, enquanto os preços de vestuário, comunicação e carros e caminhões usados caíram. O preço da energia também diminuiu, após sucessivas altas nos últimos meses. O preço da gasolina caiu 6,1% no mês, o que compensou as altas de gás natural e eletricidade.
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