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A CPFL (CPFE3) lucrou R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2022, número 3,3% maior do que o R$ 1,33 bilhão registrado no mesmo período de 2021.
A alta do lucro se deu mesmo com a companhia tendo visto sua receita operacional líquida recuado 2,9% no ano a ano, para R$ 10,3 bilhões. O braço de distribuição de energia teve sua receita recuando 2,6%, para R$ 8,7 bilhões.
“Houve redução de 22,3% (R$ 2,4 bilhões) na receita com venda de energia, em decorrência da da redução da alíquota de ICMS sobre energia elétrica, da redução de 1,3% na carga da área de concessão e da adoção da bandeira ‘escassez hídrica’ nos três meses do quarto trimestre de 2021”, explicou a CPFL no documento publicado na noite desta quinta-feira (16).
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A classe industrial teve queda de 0,2% no ano na compra de energia e a comercial, de 1%.
Ao mesmo tempo, contudo, a CPFL teve menores gastos com energia comprada para revenda, que saíram de R$ 6,02 bilhões no quarto trimestre de 2021 para R$ 4,6 bilhões no quarto trimestre de 2022, por conta, principalmente, da melhor situação hídrica.
Este último fator também diminuiu os encargos de uso do sistema de transmissão e distribuição, que caíram 35,6%, para R$ 1,1 bilhão.
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“A variação desse encargo se deu em função da menor necessidade de acionamento de usinas térmicas fora da ordem de mérito no quarto trimestre de 2022 na base anual, devido a melhora nas condições hidrológica”, diz a CPFL.
As despesas com pessoal, marketing, serviços e outros (PMSO), por fim, caíram 37,5%, saindo de R$ 1,09 bilhão para R$ 685 milhões, com efeito positivo de remensuração da Enercan a valor justo, que somou R$ 670 milhões ao balanço. Os demais custos (englobando gastos com construção, previdência e depreciação) cresceram 27,5%, para R$ 2,1 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) atingiu R$ 3,5 bilhões, registrando um aumento de 47,7%, também justificado pela questão envolvendo a Enercan.
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Por fim, o resultado da CPFL foi impactado pelo aumento da despesa financeira, que saltou de R$ 465 milhões para R$ 1,3 bilhão – com destaque para a alta de 14,4% dos gastos com a dívida líquida, para R$ 613 milhões, em meio ao avanço dos juros, e pela negociação do plano de pensão da CPFL paulista.
A companhia fechou 2022 com uma dívida líquida de R$ 23,4 bilhões.