Copom, inflação nos EUA, serviços no Brasil e mais destaques desta 4ª

Confira as principais notícias que devem impactar os mercados nesta quarta-feira (11)

Equipe InfoMoney

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realiza nesta quarta-feira (11) sua última reunião sob a presidência de Roberto Campos Neto, em um cenário de pressão econômica com a alta do dólar e o aumento dos preços dos alimentos. Espera-se que a taxa básica de juros, a Selic, seja elevada em 0,75 ponto percentual, alcançando 12% ao ano. O anúncio oficial sobre a decisão da Selic será feito na noite de hoje.

Mais cedo, às 9h, o IBGE divulgará os dados de crescimento do setor de serviços de outubro. Na última divulgação, o setor apresentou alta mensal de 1,0% e avanço anual de 4,0%.

Nos Estados Unidos, às 10h30, serão divulgados o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) e os dados do núcleo da inflação de novembro, seguidos pelos pedidos de seguro-desemprego na semana.

O que vai mexer com o mercado nesta quarta

Agenda

Brasil

9h – Serviços – IBGE

10h – Produção e vendas de veículos em novembro

18h30: Copom divulga decisão sobre Selic

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EUA

10h30 – Inflação ao consumidor (CPI)

Internacional

Relatório da Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) divulgará hoje seu relatório mensal, que analisa a oferta e demanda global de petróleo, além de tendências econômicas que impactam o mercado.

Sem guerra comercial

O presidente da China, Xi Jinping, reforçou a necessidade de diálogo com os Estados Unidos, destacando que guerras comerciais não trazem vencedores. Durante encontro com líderes de bancos multilaterais em Pequim, Xi criticou a imposição de tarifas como contrária às tendências históricas, mas reiterou o compromisso de Pequim em proteger sua soberania e acelerar a abertura econômica. Suas declarações ocorrem em um contexto de tensões comerciais intensificadas por restrições tecnológicas impostas pelos EUA, sob governos de Donald Trump e Joe Biden, e medidas de retaliação da China, refletindo o acirramento da rivalidade geopolítica.

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Economia

Pacote fiscal

Alexandre Padilha também disse ontem que o fato de o presidente Lula estar hospitalizado não impede a aprovação do pacote fiscal pelo Congresso Nacional ainda neste ano.

“O fato de Lula estar hospitalizado não impede o compromisso de votações no Congresso para que possamos concluir o ano com regras do marco fiscal consolidadas”, afirmou o ministro, em entrevista durante um fórum de governadores em Brasília (DF).

Aperfeiçoamento do BPC

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), declarou na rede social X que está em estudo um “aperfeiçoamento” do projeto de lei que trata do Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma das matérias relacionadas ao pacote fiscal.

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Menos pressão

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou ontem que, caso o pacote de contenção de gastos públicos seja aprovado ainda este ano, a área econômica espera menos pressão sobre as despesas discricionárias do governo em 2025. Durante entrevista após evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, Durigan indicou que o governo pode negociar ajustes pontuais nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), desde que não alterem o impacto fiscal previsto na medida.

Maioria no BC

O Senado aprovou na terça (10) os três novos nomes apresentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar a diretoria do Banco Central (BC) a partir de janeiro, quando o atual governo terá maioria de membros indicados no comando da autarquia.

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Política

Reforma tributária

O principal projeto de regulamentação da reforma tributária será votado nesta quarta-feira (11) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, conforme definido pelo colegiado. O texto regulamenta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, criando a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), o Imposto Seletivo (IS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), este último de competência compartilhada entre Estados, Distrito Federal e municípios.

Emendas parlamentares

Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), na noite desta terça-feira (10), uma portaria conjunta do governo federal para operacionalizar a liberação de emendas parlamentares, incluindo as chamadas “emendas pix”, que são transferências especiais diretas do caixa da União para estados e municípios. O texto era aguardado pelos parlamentares, após uma decisão de ontem (9) do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter rejeitado um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) que pedia mais flexibilidade no detalhamento dessas emendas. Com esse revés, o governo temia um boicote na votação de projetos prioritários, incluindo o pacote de corte de gastos apresentado na semana passada.

Lira diz que não há votos para aprovar pacote

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na noite de terça-feira, 10, que o pacote de ajuste fiscal é polêmico e enfrenta resistência de mérito por parte dos parlamentares. Ele disse que hoje as matérias não têm votos para serem aprovadas, mas reiterou que a Casa está trabalhando e há interesse dos deputados em apreciar as propostas. Após a nomeação dos relatores, prevista para hoje, os textos poderão ser debatidos e, se possível, serem apreciados já nesta semana.

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Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanecerá internado no Hospital Sírio-Libanês por “mais alguns dias” após passar por uma cirurgia na madrugada de terça-feira para drenar um hematoma no crânio, informou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, em vídeo publicado no Instagram.

Segundo o ministro, o procedimento ocorreu de forma normal e o presidente está “absolutamente estável e sob controle”. Lula foi internado na unidade de Brasília na segunda-feira à tarde, após sentir dores de cabeça, e exames revelaram um hematoma decorrente de um acidente doméstico em outubro, quando caiu no banheiro do Palácio da Alvorada. A agenda presidencial foi cancelada, e o vice-presidente Geraldo Alckmin assumirá os compromissos previstos.

Corporativo

Klabin (KLBN11)

A Klabin (KLBN11) planeja aumentar sua produção em 200 mil toneladas em 2025, impulsionada pela expansão das máquinas 27 e 28 em Ortigueira (PR), pela reativação da fábrica de reciclados em Paulínia (SP) e pela ausência de manutenção na unidade de Monte Alegre (PR). Esse crescimento reflete a estratégia da empresa de elevar a geração de caixa e reduzir sua alavancagem, que agora está limitada a 3,9 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda. A empresa diz que o foco permanece no mercado brasileiro, com investimentos futuros direcionados à celulose fluff, segmento de alta rentabilidade. Além disso, a monetização de ativos excedentes, como terras, deverá fortalecer a desalavancagem da companhia no próximo ano.