Copom crucial e falta de referência em NY derrubam Ibovespa; veja destaques de ações

O desfecho do Copom ocorre após novos ataques na véspera do presidente Lula a Campos Neto

Reuters

Ações em queda (Crédito: Shutterstock)
Ações em queda (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, marcada por expectativas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central após o fechamento, em sessão que deve ter o volume reduzido em razão de feriado nos Estados Unidos.
Por volta de 10h40, o Ibovespa tinha variação negativa de 0,4%, a 119.141,99 pontos. O volume financeiro somava apenas 1,4 bilhão de reais.


De acordo com a equipe da Ágora Investimentos, sem a referência de Nova York e com o principal direcionador do dia apenas ao término dos negócios, a tendência é que os ativos locais oscilem entre margens estreitas, sem um viés muito claro.
Em relação à reunião do Copom, eles chamaram a atenção para pesquisas mostrando uma maioria entre economistas estimando manutenção da taxa Selic nos atuais 10,50% ao ano, com uma pequena parcela estimando um corte de 0,25 ponto percentual. “Portanto, mais importante do que a decisão em si, as atenções estarão voltadas para o placar da decisão”, citaram. Na última reunião, o Copom reduziu o ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto, com placar dividido.

O desfecho do encontro que termina nesta quarta-feira ocorre após novos ataques na véspera do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao titular do BC, Roberto Campos Neto, cujo mandato na instituição termina no final do ano.

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Na visão da equipe da Genial Investimentos, é uma reunião “crucial”, “que tem o potencial de reverter ou de confirmar a desconfiança dos investidores acerca da condução futura da política monetária”.
DESTAQUES
– CSN ON (CSNA3) recuava 1,85%, refletindo ajustes, após disparar na véspera, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu acatar recurso da companhia para reconhecer o direito dela a uma indenização de cerca de 5 bilhões de reais a ser paga pela Ternium referente à entrada desta última na Usiminas. Ainda na terça-feira, a Ternium disse que irá recorrer da decisão.
– BRF ON (BRFS3) subia 2,81%, mantendo o tom positivo da véspera, quando fechou com acréscimo de 5,5%. MARFRIG ON (MRFG3), principal acionista da BRF, tinha elevação de 1,99%. Ainda no setor, JBS ON (JBSS3) avançava 0,42%, mas MINERVA ON (BEEF3) desvalorizava-se 0,79%.
– VALE ON (VALE3) cedia 0,07%, acompanhando o movimento dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com queda de 0,36%, a 824 iuanes (113,55 dólares) a tonelada, depois de atingir 835,5 iuanes a tonelada no começo da sessão.
– PETROBRAS PN (PETR4) tinha variação positiva de 0,17%, após forte valorização na véspera, em dia de variação tímida do petróleo Brent no exterior. A companhia também disse ainda na terça-feira que assinou protocolo de intenções com o governo estadual do Rio de Janeiro para estudos a fim de avaliar a viabilidade de um projeto piloto de energia eólica offshore.
– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) caía 0,6%, em sessão de evento online com executivos do banco. BRADESCO PN (BBDC4) perdia 1,13%.