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O CME Group, controlador da Bolsa de Chicago, vê um aumento do número de investidores daqui interessados nos ativos negociados pela companhia nos Estados Unidos. De acordo com Paula Attie, responsável pelo escritório da empresa no país, agentes do mercado nacional têm buscado entender o funcionamento das operações financeiras lá fora.
“Tem desde fundos de investimento a tesourarias de bancos, além de empresas que a gente chama de corporate, que estão mais ligadas aos mercados de commodities, na parte de agricultura, energia e metais. E, mais recentemente, tem crescido o público pessoa física”, destaca ela, sobre investidores brasileiros interessados na Bolsa de Chicago.
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Mercado líquido
“Acho que o período ali de taxas de juros (baixas), quando o Brasil teve Selic a 2%, proporcionou muito esse desenvolvimento”, complementa. Para a executiva, as opções futuras oferecidos na Bolsa de Chicago em diversas classes de ativos possibilitam que se acesse um mercado altamente líquido.
Segundo ela, agentes locais do mercado, como corretoras, têm buscado mais informações sobre a bolsa de derivativos em seu escritório no Brasil e na plataforma digital educacional.
Ela crê que a possibilidade de transacionar com o exterior por meio de uma conta global facilitou esse acesso. “É rápido e eficiente transferir o seu dinheiro para fora do Brasil hoje”, lembra ela.
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“Diria que o crescimento veio nos últimos três anos quando o brasileiro começou a ter acesso às contas globais com moedas internacionais, como o dólar. É algo muito novo nesse mercado brasileiro. Nesse momento a gente tem visto cada vez mais esse interesse de acessar esses mercados diretamente lá fora.”
Transacionar lá fora
Segundo ela, o mercado financeiro mudou a forma como o brasileiro transaciona o seu dinheiro no exterior. “Com certeza a gente não estaria falando disso hoje se essa modernização (do sistema financeiro) não tivesse acontecido nos últimos anos aqui no Brasil”, afirma.
“Traders que já estão acostumados a produtos do Brasil, agora, também pensam em diversificar globalmente.”
“No passado, o problema era mandar o dinheiro lá para fora, mas isso já mudou muito com a transferências (por contas) globais, que são muito menos complicadas. Essa parte operacional não é mais um problema. A questão hoje é conhecer e ter o intermediário (assessor e mesa de corretora) que vai explicar como ter acesso lá fora”, destaca.
Segundo ela, a Bolsa de Chicago negocia desde títulos do tesouro americano (treasures), passando pelo mercado futuro de índice de ações, como S&P 500, Nasdaq e Russel, até futuro de moedas e criptomoedas, além de commodities.