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Os resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) das construtoras reforçaram a visão otimista do Goldman Sachs sobre Direcional (DIRR3) e Cyrela (CYRE3), enquanto contribuiu para uma perspectiva mais pessimista com relação a MRV (MRVE3) e EzTec (EZTC3).
A equipe de research do banco continua a ver o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) como o principal indicador a ser focado, com Cyrela e Direcional atingindo máximas cíclicas, enquanto MRV e EzTec devem permanecer em um único dígito baixo.
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A instituição financeira apontou que continua a preferir nomes com balanços fortes e uma perspectiva positiva para expansão de margem e ROEs, particularmente Cyrela e Direcional.
Cyrela
O Goldman Sachs reiterou recomendação de compra para Cyrela e preço-alvo de R$ 31, pois espera que o forte desempenho da Cyrela em vendas e margens brutas deve continuar, dado seu foco no segmento de alta renda em áreas com maior valor de escassez, o que acredita diferenciar seu produto.
O banco acredita que isso ajudará a impulsionar os ROEs da Cyrela para níveis próximos aos históricos (16%/18%/17% em 2024/2025/2026). Já a estimativa de receita para 2024 está diminuindo 4% (de R$ 7,3 bilhões para R$ 7 bilhões), já que os resultados do 1T24 da Cyrela ficaram 5% abaixo da expectativa.
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Enquanto isso, a previsão de lucro bruto para 2024 foi cortada em 6% (de R$ 2, 500 bilhões para R$ 2,350 bilhões) devido ao menor reconhecimento de receita do 1T24, mas o Goldman ainda vê margens brutas em torno de 34%. As estimativas de lucro líquido permanecem praticamente inalteradas para 2024, mas estão aumentando cerca de 9% para 2025 e 2026, pois enxerga uma receita de capital próprio superior à esperada no 1T24 e menor participação de minoritários.
Direcional
O Goldman Sachs também reforçou a recomendação de compra para ações da Direcional e elevou preço-alvo de R$ 28 para R$ 31, em meio ao aumento das estimativas de lucro líquido para 2024 e 2025, respectivamente, já que os números do 1T24 ficaram 46% acima das expectativas do banco, impulsionados por receita de capital próprio e receita de juros superiores ao esperado.
Já a estimativa de margem bruta para 2024 aumentou 44 bps (de 35,8% para 36,3%), uma vez que as margens do 1T24 em 35,9% foram 200 bps superiores ao esperado. Enquanto isso, o ROE melhor do que o esperado no 1T24 impulsionou o aumento de 11% no preço-alvo, que passou de R$ 28 para R$31.
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MRV
Para MRV, o Goldman Sachs manteve recomendação neutra e reduziu preço-alvo de R$ 9,50 para R$ 8,50, pois continua a ver a construtora enfrentando dificuldades na desalavancagem, com a responsabilidade de cessão de crédito do 1T24 aumentando 24% na base trimestral para R$2,5 bilhões.
A previsão de receita para 2024 está diminuindo 2%, enquanto o banco eleva estimativa de margens brutas em 60 bps (27%), pois espera uma melhoria nas margens da MRV Inc, após o aumento de 190 bps na comparação trimestral.
Embora as margens brutas tenham superado as expectativas, a alavancagem continua a aumentar, impulsionada tanto pela construtora brasileira quanto pela desenvolvedora multifamiliar dos EUA, Resia. O banco acredita que isso continuará pesando sobre as ações e exigirá um desconto maior para o valor presente líquido (NAV) de R$ 13.
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Eztec
O Goldman Sachs tem recomendação de venda para as ações da Eztec, uma vez que suas estimativas para construtora estão abaixo do consenso. O banco acredita que a empresa oferecerá descontos para aumentar o volume de vendas e enfrentará dificuldades no poder de precificação.
As estimativas de receita caíram 8% para 2024 e 7% para 2025 e 2026, após um desempenho mais fraco do que o esperado no primeiro trimestre de 2024.
Por outro lado, a estimativa de margem bruta para 2024 está aumentando 180 bps, pois a empresa entregou uma margem de 34,2% no 1T24, um aumento de 90 bps na base trimestral.
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Já as estimativas de lucro líquido aumentam 7% para 2024, dado o desempenho melhor do que o esperado no 1T24 que foi impulsionado por receita financeira superior ao esperado, o banco não espera para os próximos trimestres, mas que aumenta os números de 2024.
O Goldman Sachs reduziu preço-alvo para R$14, pois a receita veio abaixo do esperado e a qualidade dos lucros foi baixa, com o lucro líquido superando devido a recebíveis, já que a empresa está usando seu balanço para emprestar aos compradores de imóveis.
Além disso, o banco vê a empresa com ROE em dígitos únicos baixos, prejudicado pelo balanço patrimonial dado a exposição a escritórios e terrenos mantidos no balanço.