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SÃO PAULO – Megainvestidor, multibilionário, 80 anos. Carl Icahn é um nome conhecido no mercado financeiro que foi alçado à condição de conselheiro de Donald Trump para assuntos de regulação. Sob os holofotes neste período de formação da equipe do futuro presidente dos Estados Unidos, Icahn deu uma entrevista de 40 minutos para o canal norte-americano CNBC neste semana, mas o que mais chamou a atenção não foi algo que ele disse, mas o que deixou entender a respeito de uma possível guinada nas relações com a China.
“Se você tiver uma guerra comercial com a China, por definição, eu me lembro de dias em que algo desse tipo seria um baita nocaute nos mercados, mas talvez, se você vai fazer isso, é melhor fazer de uma vez logo, certo? Então isso é algo a ser levado em conta, você só tem que decidir. Se você vai vai fazer isso, faça isso”, afirmou.
Ao encerrar a entrevista, Icahn voltou a abordar o tema. Ao ser questionado se estava preocupado com os mercados financeiros no curto prazo, o investidor disse que há sim muitos fatores preocupantes. “Obviamente, se você entra em uma guerra comercial com a China, mais cedo ou mais tarde, eu acho que nós vamos ter que enfrentar isso, talvez seja melhor fazer isso logo”, afirmou, ponderando que esta é uma decisão que não cabe a ele. “Eu não me envolvo nisso”, disse.
A CNBC destaca que apesar de não estar diretamente envolvido na equipe de transição que discute as políticas comerciais norte-americanas para o país asiático, o fato de Icahn abordar o tema por diversas vezes na entrevista sinaliza que Trump deve estar levando em consideração uma política comercial agressiva com a China.