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SÃO PAULO – Perguntado sobre a importância da DeGolyer & MacNaughton, o analista Auro Rozenbaum, do Bradesco BBI, é enfático: “trata-se possivelmente da mais bem reputadada certificadora do setor petrolífero”.
Responsável por avaliar o potencial das áreas da OGX Petróleo (OGXP3), a D&M foi fundada em 1936 em resposta à nova era de descobertas observadas na época através da associação dos geofísicos Everette Lee DeGolyer e Lewis MacNaughton.
Levando consigo o know-how de décadas de dedicação a companhias petrolíferas, a dupla passou a oferecer o serviço de verificação de potencial de blocos de exploração a empresas do setor financeiro, através da consultoria recém criada. Logo, em função da credibilidade acumulada, a D&M passou a ser contratada pelas próprias petrolíferas com o intuito de auditar e certificar suas áreas e facilitar a captação de recursos junto a investidores.
Assim sendo, seus relatórios são aguardados com grande ansiedade pelo mercado, especialmente ao longo da fase pré-operacional da empresa, quando todos seus esforços estão voltados para avaliar e projetar a extração de hidrocarbonetos.
Polêmica
Em abril do ano passado, a D&M trouxe alvoroço ao mercado acionário após divulgar seu relatório de avaliação da OGX, tendo desencadeado uma forte queda das ações da empersa. O principal ponto mal recebido pelo mercado foi a divergência de estimativas para as áreas chamadas de contingentes, que encontram-se no perímetro das áreas onde os estudos mais aprofundados e precisos são realizados.
Em linhas gerais, recursos contingentes são volumes de petróleo estimados como potencialmente recuperáveis, com base em acumulações conhecida. Todavia, ainda não são considerados viáveis devido a contingências, ou restrições à sua implementação, sejam de ordem técnica ou econômica.
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Já as classificações 3C, 2C e 1C buscam refletir o intervalo de incerteza sobre as estimativas de reservas, da com maior incerteza (3C) para a com menor incerteza (1C).
Projeções
A confusão ganha corpo no momento em que o investidor tenta entender as estimativas sobre as reservas detidas pela companhia. Para isto, é preciso entender que as projeções são feitas com base em estimativas.
“Em todos os casos, o intervalo de incertezas depende da quantidade e qualidade dos dados técnicos e comerciais que estejam disponíveis”, explica relatório da D&M, que atribuiu um nível de certeza muito menor do que a OGX às áreas contingentes, porém, neste ponto que entra o argumento de Rozenbaum, uma vez que a D&M realizou muitos furos a menos do que a petrolífera.