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SÃO PAULO – Para pressionar os investidores que se recusam a aceitar a proposta de reestruturação da dívida do país, o Congresso argentino aprovou uma lei que proíbe nova oferta de troca de títulos da dívida pública.
A lei teve tempo de aprovação pouco habitual, apenas 19 horas. Chegou ao Senado na noite de quarta-feira e antes das cinco da tarde da última quinta-feira (horário local) já estava aprovada, com 46 votos a favor e 4 abstenções, tendo apoio de radicais, peronistas e outros partidos pequenos.
Lei anula argumento dos credores
Com a nova lei, o governo argentino pretende anular o argumento dos investidores de que, em caso de baixa adesão à proposta atual de troca da dívida pública, o país será forçado a melhorar sua oferta.
A proposta foi aceita por apenas 26,6% dos credores internacionais, segundo os últimos dados divulgados. Ela prevê uma redução de até 75% do valor da dívida de US$ 81,8 bilhões (em moratória desde dezembro de 2001) e alonga os prazos de pagamento para até 42 anos. O prazo final para a adesão dos investidores é dia 25 de fevereiro.