Como o metaverso impacta a relação entre as pessoas e ajuda na descentralização da economia global

Em live do InfoMoney, especialistas avaliaram os impactados do metaverso e os próximos passos do crescimento dessa e outras tecnologias cripto

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O surgimento do Bitcoin (BTC) há 13 anos foi o primeiro passo para o surgimento de todo um novo ecossistema digital que principalmente nos últimos dois anos ganhou muita força. Mesmo assim, termos como blockchain, token, NFTs e metaverso ainda são novidade para as pessoas.

Durante a terceira live da Semana Cripto+, realizada pelo InfoMoney, Taynaah Reis, fundadora da Moeda Seeds Bank, e o empreendedor cripto Rocelo Lopes explicaram muitos desses conceitos e como eles estão ajudando a revolucionar as economias globais, desde o uso somente de uma base em blockchain até a adoção de criptoativos ou um cenário de tokenização (veja a íntegra da entrevista no player acima).

E dentro de toda essa revolução, uma das mais recentes é a do chamado metaverso, termo que ganhou muita força recentemente após o Facebook mudar seu nome para Meta. Para Lopes, esse é apenas mais um passo da tecnologia cripto se desenvolvendo.

“Nós vimos que começou a questão dos NFTs, aí vimos as game coins surgindo e toda essa questão de metaverso ao mesmo tempo. É a evolução, é a tecnologia andando”, ele diz reforçando que a pandemia ajudou nesse crescimento conforme as pessoas sentiam a necessidade de sair de casa, mas, sem poder, encontraram no metaverso a possibilidade de interagirem.

Segundo ele, essa é uma nova economia e que está crescendo rapidamente. “No começo nós tínhamos geralmente aquele problema de ‘tá, eu vou pra lá, mas fazer o que? Como monetiza isso?’. As criptomoedas vieram para ser a base dessa monetização”, explica Lopes lembrando também que na economia tradicional não há como as pessoas pagarem por itens que custem menos de um centavo, o que as criptos permitem.

Dentre alguns ativos que estão chamando atenção em 2021 com todo esse crescimento estão Axie Infinity (AXS), token do jogo de mesmo nome e que já saltou quase 24.000%, além das criptos de metaverso Decentraland (MANA) e The Sandbox (SAND), que subiram 6.000% e 19.600% no ano, respectivamente.

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“Essa é apenas a versão 1.0, imagina o que vai ser a versão 2.0, integrando com óculos de realidade virtual, com outros dispositivos. A gente vai ver um novo modelo de economia”, diz Lopes.

Já para Taynaah, há uma ideia ainda mais abrangente para o metaverso, com uma “revolução cultural onde a identidade virtual é mais valorizada do que a identidade do offline”. Para ela, o mundo agora vai começar a entender e dar mais valor para o digital, onde pessoas podem construir uma nova “persona” nos videogames, negociando ativos e passando a atribuir um valor para características diferentes das identidades.

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“Num videogame, quando você tem seu avatar, ou algo que o caracteriza dentro daquilo, como é na vida offline, um diploma, ou um item, por exemplo, algumas marcas como Gucci, que já fizeram tênis diferenciado, ou uma armadura, você começa a dar um valor que existe não só dentro do videogame, mas também fora, você começa a ter interações que antes não existiam”, explica.

Ela cita diferentes experiências que já estão sendo feitas por grandes empresas, como o Instagram ou a Twitch, plataforma de transmissão de jogos em que os usuários podem pagar com moedas do sistema para ajudarem os produtores de conteúdo ou participarem das transmissões.

“O metaverso é isso, conectar modelagens econômicas, conectar tokens para que a identidade digital, esses atributos digitais, possam ser compartilhados globalmente, e isso também pode assustar governos, essa forma descentralizada”, afirma.

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Por fim, Lopes diz ainda que o “metaverso está dando tão certo porque as pessoas estão cansadas de ficar em casa, elas precisam de algo novo”. “A juventude precisava de mais que um joguinho, ela precisava de uma interação entre as pessoas e que a gente pudesse ver as pessoas interagindo”.

“E o principal, a gente está vendo que a juventude de hoje já aprendendo algo que eu acho sensacional: finanças. No metaverso, a primeira coisa que você tem que aprender é finanças, tudo que está lá você tem que comprar, tem que vender, tem que monetizar, e isso para a juventude que está chegando agora é sensacional. Estamos entrando em um mundo onde a educação financeira é a base disso”, conclui.

InfoMoney realiza entre os dias 22 e 26 de novembro a Semana Cripto+, com lives diárias às 17h30 no Youtube em que alguns dos maiores especialistas do Brasil falam sobre o investimento, tecnologias, regulação de criptos e muito mais. Clique aqui para conferir a programação completa.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.