Como o mercado reagiu após os 4 últimos atentados terroristas? Gráficos respondem

Bolsa americana subiu mais de 1% nesta segunda, primeiro pregão após o ataque em Paris

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O choque ainda afeta o mundo todo, mas a reação do mercado em relação aos atauqes terroristas ocorridos em Paris na última sexta-feira (13) ficou longe de ser negativa. As bolsas europeias até chegaram a recuar no início do pregão, mas terminaram o dia entre a estabilidade a a alta. Enquanto isso, Wall Street avançou mais de 1%.

Este cenário visto nesta segunda-feira (16) é uma repetição do que ocorreu nas bolsas mundiais após os grandes ataques terroristas ocorridos nos últimos anos. Mesmo quando os mercados recuaram, o pessimismo durou pouco, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Levantamento feito pelo Market Watch mostra, em gráficos, o efeito nas bolsas americanas após o atentado na maratona de Boston, os ataques no metrô de Londres e Madri, além do 11 de setembro.

A reação aos ataques em Paris foi bastante reduzida pelo fato de que “os ataques ocorreram depois que os mercados estavam fechados, assim, os investidores tiveram todo o fim de semana para processar e compreender o que aconteceu”, disse Eric Parnell, fundador e diretor de Gerring Capital Partners, em um post no blog de finanças SeekingAlpha.

1) Maratona de Boston (15/04/2013)

A explosão de duas bombas durante a maratona de Boston resultou em três mortes e 264 feridos. As ações negociadas ficaram apenas por um momento em forte baixa no fim do dia do ataque. No dia seguinte, os papéis rapidamente se recuperaram e o S&P 500 fechou com um forte ganho de 1,4%

2) Metrô de Londres (07/07/2005)

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Três bombas explodiram ao mesmo tempo no metrô de Londres seguido de um quarto atentado em um ônibus de dois andares, resultando na morte de 52 pessoas e mais de 700 feridos. O evento ocorreu antes do mercado dos EUA abrir e apenas no início dos negócios as ações recuaram, passando por uma alta de mais de 1% ainda naquele dia.

3) Trem de Madri (11/03/2004)

Dez explosões coordenadas em quatro trens separados tiraram a vida de 191 pessoas e feriram mais 1.800. As ações negociadas na Europa tiveram leves quedas, mas especialistas creditaram as perdas à uma tendência de baixa que tinha começado naquela semana, e não aos ataques. Já na semana seguinte, as ações voltaram a subir forte.

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4) Queda das Torres Gêmeas (11/09/2001)

Os ataques terroristas abalaram o mundo em 11 de setembro de 2001, provocando a morte de cerca de 3.000 pessoas. A New York Stock Exchange permaneceu fechada durante quatro dias de negociação antes de reabrir em uma segunda-feira seguinte, 17 de setembro. Embora as ações tenham recuado naquela semana, mais uma vez seguindo uma tendência de queda, os papéis passaram a subir forte uma semana depois, iniciando um rali que só terminaria em janeiro do ano seguinte.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.