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A temporada de balanços do terceiro trimestre de 2024 (3T24) caminha para a reta final, e alguns bancos forneceram insights sobre os números divulgados até o momento.
O Santander comenta que a atual temporada de resultados tem superado suas expectativas. Com 55% das empresas já tendo divulgado resultados até a última sexta-feira (8), o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado ficou em linha com as expectativas, enquanto o lucro líquido foi 14% acima das expectativas do banco e 9% acima do consenso.
No recorte setorial, Construção Civil, Papel & Celulose e Educação foram os destaques positivos da temporada. Por outro lado, Alimentos e Bebidas ficaram aquém das estimativas do banco.
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Já o Itaú BBA destaca Papel & Celulose, Óleo e Gás e Bens de Capital como setores positivos até agora nesta temporada.
Embora o desempenho das ações no Brasil tenha sido volátil desde o início da temporada de lucros (IBOV caiu 3% nas últimas duas semanas), o BBA avalia que a temporada de lucros até agora tem sido positiva, atendendo principalmente às expectativas (mas sem grandes sinais de revisões de lucros).
Em uma avaliação qualitativa, considerando não apenas estimativas, os analistas do BBA consideraram 47,1% dos resultados (ponderados pela capitalização de mercado) como positivos, 27,4% como neutros e 25,5% como negativos.
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Olhando para o lucro líquido, das 96 empresas cobertas pelo BBA, 47,6% superaram as estimativas, 30,5% em linha e 21,9% perderam.
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No Ebitda, mais da metade das empresas (56,7% do valor de mercado) entregaram números em linha com as estimativas do BBA, com uma pequena inclinação para o lado negativo, com 18,8% superando e 24,6% perdendo.
Mais de 90% das empresas (ajustadas pelo valor de mercado) entregaram números de receita líquida em linha com as expectativas do BBA, enquanto 8,4% superaram as previsões e apenas 1,3% ficaram abaixo das projeções.
O Morgan Stanley, por sua vez, avalia que as empresas brasileiras apresentaram resultados mistos em dólar, com uma queda de 5% nas receitas, baixa de 8% no Ebitda e alta de 13% nos lucros.
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Cerca de 45% das empresas (33 das 73 empresas cobertas pelo banco) superaram as estimativas de lucro, enquanto 32% (23) ficaram abaixo. Portanto, a relação de superação/frustração de EPS (lucro por ação) no trimestre ficou em 1,4 vez, superior à média de 1,1 vez registrada nos últimos 10 anos.
Setorialmente, os cíclicos tiveram um desempenho superior, enquanto os Defensivos tiveram um desempenho inferior.
Já os exportadores também apresentaram resultados mistos, com taxas de recuo em dólares de 7% nas receitas, 10% no Ebitda e crescimento de 22% nos lucros.
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Com relação ao desempenho, conforme o Morgan, os investidores recompensaram as empresas que superaram as estimativas de Ebitda e penalizaram aquelas que ficaram abaixo. Por exemplo, as empresas que superaram as previsões de lucro em mais de 5% superaram o MSCI Brasil em 160 pontos-base nas três sessões seguintes, enquanto aquelas que ficaram abaixo em mais de 5% tiveram um desempenho inferior ao benchmark de 180 pontos-base.
Olhando para o futuro, o Morgan acredita que os resultados das empresas devem enfrentar ventos contrários no curto prazo, à medida que as taxas de juros no país permanecem mais altas por mais tempo.
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