Como a Positivo Tecnologia (POSI3) busca crescer com Inteligência Artificial?

Iniciativas de IA ainda estão em falta na América Latina, segundo o BBA, e que podem garantir liderança à Positivo

Camille Bocanegra

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Um dos assuntos mais comentados em 2023 é o da Inteligência Artificial (IA) e, no Investor Day da Positivo Tecnologia (POSI3) não foi diferente, segundo relatos trazidos sobre o evento pelo Itaú BBA, em relatório. Entre as iniciativas de IA, há destaque tanto para aplicações internas quanto na frente de produtos, por meio da parceria com a AMD.

“Para aplicações internas, a Positivo está implementando um projeto abrangente de CRM [sigla em inglês para Gestão de Relacionamento com o Cliente], aprimorando a comunicação com os clientes por meio da automação de IA e fornecendo treinamento de engenharia ágil para funcionários (não vimos nenhuma outra empresa no Brasil fazendo isso no momento)”, destaca o BBA.

Na parceria com a AMD, a intenção é que a Unidade de Processamento Neural (NPU) da parceira seja incorporada nos produtos da Positivo. Ainda que o movimento colha frutos apenas no futuro, uma vez que os PCs atuais não estão preparados ainda para o processamento na borda oferecido, o BBA enxerga como positiva a iniciativa.

“Mesmo que o processamento na borda ainda esteja em seus estágios iniciais, a aliança da Positivo com líderes do setor como a AMD mostra uma ambição mútua: transformar esses desafios em inovações prontas para o mercado”, explica.

As ações da Positivo (POSI3) apresentam alta de 0,5%, cotadas a R$ 8,04, próximas do fechamento do pregão desta terça-feira (12). Em 2023, os papéis recuam 7,9%.

POSI3 cresce no varejo e no corporativo

De acordo com a análise, a Positivo buscou, nos últimos cinco anos, expandir sua atuação para se tornar uma empresa multicanal e multimercado.

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Uma das frentes que a empresa apostou foi a de aquisições estratégicas, como a compra de empresa de servidores que permitiu o ingresso no mercado de servidores e soluções.

Em movimento similar, a Positivo também adquiriu a SecuriCenter e ingressou no mercado de segurança eletrônica, como parte da fase atual de consolidação estratégica. A companhia pretende investir na frente até o ano que vem, pelo menos.

“A estratégia holística da empresa, que não depende apenas do crescimento orgânico ou inorgânico, mas opta pela abordagem mais adequada, mostra sua agilidade e adaptabilidade. Espera-se que o segmento de consumidores (Hardware) gere cerca de 30% da receita da empresa, destacando-se como um pilar robusto”, destaca o BBA.

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Apoiada por gigantes

Outro ponto que garante robustez para a marca, segundo o banco, é o apoio de gigantes da indústria, como Microsoft, Intel, AMD e Supermicro.

As parcerias também aumentam a confiança do consumidor na marca e garantem que a Positivo siga com forte reconhecimento no Brasil.

No que o BBA considera como “impressionante capilaridade”, os produtos da Positivo estão em 12.000 pontos de vendas, mais de 4.000 revendedores e 250 pontos de assistência técnica, garantindo onipresença.

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Além disso, a marca garante presença em seis das oito maiores empresas de aquisições e atende dois dos maiores bancos privados do país.