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Ele viveu o melhor momento no day trade durante o período da pandemia. “Era um mercado de alta volatilidade”, resume Leandro Ross, analista da XP, que participou do programa Mapa Mental, no canal GainCast. O trader, na época, operava mais com ações.
“Era aquele stress de mercado forte”, diz. “Foi um momento que me testei. Já tinha 15 anos de pregão. Então, bastante tempo de experiência. Consegui colocar em prática o que aprendi durante muitos anos. E funcionou”, afirma ele.
Ross já teve sua história de vida contata pelo IM Trader: Depois de 62 pregões positivos, perdi tudo que ganhei em um dia
O dia em que perdeu
Mas em 2019, com filho de 1 ano, a situação foi bem ao contrário. “Vinha de um período muito fértil, acertando muito. Estava há 62 pregões no positivos, uns com ganhos maiores, outros menores, mas com ganhos”, explica.
“Estava com minha autoestima muito alta”, diz. Ele lembra que estava fazendo um capital razoável nesse período, com ganhos de 1 a 2 mil reais por dia.
“Vinha numa curva de ganhar pouco, ganhar muito, mas sempre ganhando. Lembro que um dia falei: hoje vou operar alavancado”, conta.
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Leandro Ross operava até então com o máximo de 20 lotes de minidólar. “Falei: vou operar grande”, recorda.
Na época, o que tinha feito era praticamente o dobro do salário na então corretora que trabalhava. Já pensava até em pedir as contas e viver só com seu trade.
Operando muito mais do que o normal
“Abri uma boleta (local de negociação dos ativos na Bolsa) perto de 250 lotes. Veja, operava no máximo 20, estourando 30 lotes por dia. Estava operando uma boleta 10 vezes maior do que estava habituado. Isso foi o primeiro erro: uma alavancagem excessiva”, relata.
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Depois, acabou colocando mais 550 lotes. Ou seja, total de 800 lotes de minidólar. “Entreguei 62 dias de ganhos em uma boleta”, conta.
“Hoje, olhando é tão fácil pontuar os erros, que não foi de técnica, mas o tamanho do lote de entrada. Podia ter alavancado grande, mas deveria ter dividido em 10 dias ou até em 3 dias. Minhas chances de sucesso eram maiores.”
“Quando dei stop (saída da operação), pensei porque tinha feito isso. Na hora veio a resposta: fui ganancioso”, diz.
Medo com a perda
“A gente não é consistente no mercado, a gente está consistente em algum momento no mercado”, filosofa.
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Depois da situação de perda, Leandro Ross passou um tempo com receio de fazer trade. “Estava com medo”, resume. A lição que teve foi a necessidade de padronizar o risco e definir até onde pode ir em suas operações, sem abrir mão disso, ganhando ou perdendo.
“Não corra riscos assimétricos. Essa simples ferramenta de padronizar o risco que a gente corre em cada operação, ela te protege dos tantos erros que podemos cometer. E cada um vai ter seu padrão”, diz.
Recomendações
Ele recomenda que, ao se arriscar um pouco mais no trade, faça isso com 10% a 15% do que já costuma fazer na operação no mercado para não sentir tanto – em caso de perda.
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“Mais importante (no day trade) é aprender a tomar risco, que tem a ver com gestão e escolher o risco que vai se tomar. Além disso, tem a disciplina, que é fazer aquilo que planejou. E a terceira é o método”, ensina Ross.
“O método é aquilo que vai te dar a base para o que deve ser feito em qualquer ocasião do mercado. O método mostra o que tem que fazer: comprar, vender ou ficar de fora”, comenta.