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SÃO PAULO – Enquanto o dólar se desvaloriza, as commodities ficam cada vez mais fortalecidas. Com as boas notícias vindas da China e do Japão, dois dos grandes consumidores mundiais dos produtos, os preços sobem no mercado internacional.
O destaque do dia é o valor do ouro, que bateu recorde de US$ 1,117 mil por onça no mercado de metais de Londres, enquanto o cobre subiu 1,6%. Dentre as commodities negociadas na capital inglesa, níquel, zinco e chumbo também mostram ganhos e o barril do petróleo avança 0,71%, para US$ 78,05.
No caso do cobre, o preço para entrega em três meses atingiu US$ 6,635 mil por tonelada métrica. No ano, o metal já acumula uma alta substancial de 116% nos preços.
Impacto
Os resultados melhores do que o esperado das empresas ligadas ao setor de commodities, como o banco francês Credit Agricole e a produtora de cimento suíça Holcim, também ajudam para o otimismo do mercado.
No Brasil, as principais empresas ligadas ao setor siderúrgico, mineração e petróleo avançam acima da média do Ibovespa (+0,77%), o principal índice do mercado acionário brasileiro.
Por volta de 12h05 a Gerdau (PN) encabeçava a lista de altas com ganhos de 1,70%, enquanto Usiminas ON, MMX ON, Petrobras PN e Vale ON avançavam 1,65%, 0,63%, 1,07% e 0,65%, respectivamente.
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Além disso, são justamente os produtores de matérias-primas que puxam a alta do MSCE Emerging Markets Index, que mede o desempenho das economias emergentes e o MSCI World Index, índice que mede a performance de 23 nações desenvolvidas.
Gigantes asiáticos
Grande parte do aumento da procura por commodities vem da Ásia, especialmente da China, que tem mostrado uma performance muito positiva diante da recuperação de seus indicadores econômicos.
Nesta semana, o país reportou um crescimento de 16,1% em sua produção industrial de outubro em relação ao mesmo mês do ano passado. Este foi seu melhor ritmo em 19 meses e mostra que a economia chinesa se recupera rapidamente.
Ao mesmo tempo, o Japão anunciou que a demanda por maquinários, também no décimo mês do ano, aumentou 10,4% frente a setembro. A performance sinaliza uma retomada sustentável do crescimento econômico diante dos fracos indicadores registrados durante a crise.