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SÃO PAULO – Segundo informações do jornal Valor Econômico, no último fim de semana o comitê independente da Linx (LINX3), responsável por avaliar a conformidade e legalidade das propostas de aquisição da Stone e da Totvs (TOTS3), recomendou aos acionistas aprovarem somente a proposta da Stone. Na sexta, a Linx convocou uma assembleia de acionistas para o dia 17 de novembro de forma a deliberar a proposta de venda. A expectativa era de que as duas propostas – da Stone e da Totvs – fossem analisadas.
Contudo, de acordo com o Comitê, a proposta entregue pela Totvs não foi considerada efetiva por conta da documentação insuficiente e diversas falhas no conteúdo. Os principais pontos levantados foram a recomendação da opinião do banco de investimento BR Partners de que a operação com a Stone traria maiores vantagens financeiras e o tempo de aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) de cinco a seis meses para a fusão com a Stone, ante um período de seis a 11 meses de análise no caso da fusão com a Totvs.
Já o Conselho apontou falta de documentação para comprovar as sinergias entre a Totvs e a Linx, ponto relevante na discussão, dado que 85% do pagamento pela Totvs seria realizado via troca de ações, e a não entrega da documentação necessária à Securities Exchange Comission (SEC), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos Estados Unidos, pela Linx possuir ações listadas na NYSE (Bolsa de Valores de Nova York).
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Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, as negociações para a compra da Linx parecem entrar na reta final.
“Nos próximos dias ainda poderão surgir movimentações e novas propostas, inclusive da própria Totvs. Porém, a decisão do conselho independente representa uma falha importante e uma perda de oportunidade para a Totvs”, avaliam os analistas.
A Levante ressalta que a Stone agiu rápido e de maneira proativa em concretizar a transação, mesmo diante do desconforto levantado pelos acionistas minoritários pela proposta aos acionistas fundadores, alegando que estariam levando vantagens indevidas na transação.
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“A empresa inclusive aumentou o valor da proposta inicial, melhorou cláusulas de contrato e se comprometeu a emitir BDRs (recibos de depósitos de ações listadas nos EUA) patrocinados aqui na B3, de modo a facilitar a negociação dos acionistas detentores do papel LINX3 no futuro, igualando as condições de uma possível aquisição da Totvs. Apesar de controvérsias, enxergamos que a aquisição da Stone seja mais provável de ocorrer, sobretudo após a manifestação do conselho independente”, ressaltam.
Conforme aponta o Bradesco BBI, a evolução recente no processo já indicava que a Linx poderia levar a oferta de Stone à assembleia de acionistas separadamente. Embora a situação agora dependa exclusivamente dos acionistas da Linx, ainda existem outras possibilidades, tais como: i) aprovar a oferta como está; ii) caso a oferta não seja aprovada, Stone poderá fazer uma oferta maior; e iii) a negociação com a Totvs poderá prosseguir, o que os analistas do banco consideram positivo, visto que os analistas possuem uma visão mais clara das sinergias neste caso.
A proposta da Totvs pela Linx, de cerca de R$ 6 bilhões e com validade até 13 de outubro, foi feita após a Linx anunciar acordo vinculante com a Stone, que sofreu alterações após a apresentação da oferta concorrente pela Totvs.
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A Stone anunciou sua proposta em dinheiro e ações pela Linx em agosto, avaliando a produtora de programas para varejo em R$ 6,4 bilhões. A disputa pela empresa ocorre em meio a uma revolução em andamento no mercado brasileiro de pagamentos liderado pelo Banco Central e impulsionado pelos impactos da pandemia de coronavírus, que tem migrado vendas do varejo físico para o online.
(Com Reuters)
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