Começam balanços do 3T24 nos EUA! “Barra não está alta” e analistas olham para frente

Grandes bancos reportam seus resultados nesta sexta-feira; expectativas estão baixas e são principalmente por sinalizações para próximos trimestres

Camille Bocanegra

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A temporada de balanços nos EUA começou oficialmente nesta semana. E, no que depender do banco suíço Julius Baer, não há muito o que esperar dos resultados que serão apresentados pelas empresas por lá.

As expectativas estão mais baixas, de acordo com relatório elaborado por analistas do banco. O que há para esperar, nesse caso, seria quais perspectivas as empresas apresentarão na visão tanto do Julius Baer quanto do Bank of América. Os dois bancos consideram que é possível uma superação de lucros geral mais fraca, em especial considerando o índice de surpresas econômicas dos EUA.

Nesta sexta-feira, nomes como JPMorgan, Wells Fargo e First Republic Bank trarão seus números. A expectativa é de crescimento de 4,2% nos lucros para o S&P 500, em comparação ao ano anterior. Ainda que seja projetado avanço, fica muito aquém dos 8,1% estimados nos últimos três meses.

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“A revisão para baixo das estimativas de lucros é maior do que a média de 10 anos de 3,3% e está concentrada principalmente nos setores cíclicos, sugerindo que os analistas estão cada vez mais preocupados com uma desaceleração econômica”, sugere o Julius Baer.

O BofA tem visão similar e considera que a “a barra não está alta”. A estimativa é que as taxas mais altas e o contínuo desinvestimento levaram a uma desaceleração contínua dos lucros. Ainda assim, o banco estrangeiro sugere que os investidores devem olhar para a frente, olhando principalmente para os comentários de empresas de setores mais sensíveis aos juros (em meio ao início do ciclo de queda pelo Federal Reserve em setembro)

O setor de tecnologia da informação foi, dentre os analisados, o único a apresentar revisões positivas nas estimativas de lucro, sugere o Julius Baer. O segmento também lidera as estimativas de lucros, assim como o setor de saúde. Na ponta negativa, estariam os setores de petróleo e gás e de materiais.

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O panorama seria de menos empresas superando os resultados, mas, ainda assim, o foco de investidores seria nas perspectivas apresentadas pelos nomes. Dentre as sinalizações esperadas, estão atualizações sobre inteligência artificial, perspectiva sobre a China e o estado atual de ciclo de reabastecimento.

De olho em 2025

Para o ano que vem, a análise do Julius Baer menciona que o consenso atualmente espera crescimento de lucros de 15,2% para o S&P 500. A estimativa do Julius Baer, no entanto, é menos otimista e projeta crescimento de 9%.

Na visão setorial, os destaques seriam comunicações e TI, que já são vistos como setores de crescimento de qualidade. Para o banco suíço, estes serão os principais responsáveis pelo desempenho de lucros do índice. Além deles, o setor de saúde deve mostrar recuperação, depois de números mais fracos em 2024.

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Já o BofA estima que setores mais sensíveis a taxas, como manufatura e habitação devem impulsionar o crescimento da receita. Como resultado, a expectativa é de margens mais altas devido à alavancagem operacional. O câmbio também se apresenta como fator favorável para o ano que vem.