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(ANSA) – A Assembleia Extraordinária das Nações Unidas aprovou nesta quarta-feira (2) por 141 votos a favor, cinco contrários e 35 abstenções a resolução norte-americana que culpa a Rússia pela invasão da Ucrânia, em ataques iniciados no dia 24 de fevereiro.
Os países que votaram contra foram, além da Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Eritreia e Síria.
Já entre os que se abstiveram, a China foi a que mais chamou a atenção. Assim como ocorreu nas duas votações do Conselho de Segurança, os chineses mantiveram uma posição que não condena a invasão em si, mas que defende a soberania do território ucraniano.
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Para Pequim, a questão é bastante delicada. De um lado, a Rússia é uma grande parceria comercial e política para enfrentar, especialmente, os Estados Unidos; por outro, a defesa da soberania nacional é o principal argumento chinês para manter Taiwan e Hong Kong como parte de seu país.
Também se abstiveram na votação: Argélia, Angola, Armênia, Bangladesh, Bolívia, Burundi, República Centro-Africana, Congo, Cuba, El Salvador, Guiné-Equatorial, Índia, Irã, Iraque, Cazaquistão, Quirguistão, Laos, Madagascar, Mali, Mongólia, Moçambique, Namíbia, Nicarágua, Paquistão, Senegal, África do Sul, Sudão do Sul, Sri Lanka, Sudão, Tajiquistão, Uganda, Tanzânia, Vietnã e Zimbábue.
Já o Brasil manteve a postura adotada no CS da ONU e continuou a condenar a invasão russa, apesar de expressar preocupação com o envio de armas dos países ocidentais para os ucranianos.
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A decisão contradiz o último discurso do presidente Jair Bolsonaro, de que o governo permaneceria “neutro” em relação ao conflito.
A resolução não tem efeitos práticos contra a Rússia, mas é um duro golpe contra a imagem política do país – especialmente, por conta da amplitude da condenação internacional. Em 2014, quando Moscou anexou o território ucraniano da Crimeia de maneira unilateral, uma resolução semelhante foi aprovada. No entanto, foram “apenas” 100 votos a favor, 11 contrários e 58 abstenções.
A Rússia já vem sofrendo com uma série de sanções políticas, econômicas e financeiras das maiores potências ocidentais, especialmente, dos Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido desde a invasão do dia 24. As medidas estão causando impactos profundos na economia russa, que vê sua moeda se desvalorizar intensamente, além de uma corrida da população aos bancos para sacar dinheiro.
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Estava marcada para essa quarta-feira a segunda rodada das negociações de paz entre russos e ucranianos, mas o encontro – que pode debater um cessar-fogo após sete dias de ataques – foi adiado para a manhã desta quinta-feira (3). (ANSA).
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