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O processo de privatização da Sabesp (SBSP3) anda a passos largos e bancos já elevam suas projeções para os preços das ações, mantendo, contudo, cautela de um cenário caso o controle não saia das mãos do governo de São Paulo.
Durante a última safra de resultados, André Salcedo, presidente da companhia, reforçou que o Estado trabalha para, até agosto, fazer o follow-on (emissão de ações adicionais) para privatização da companhia de saneamento.
Enquanto esse momento não chega, após resultados do quarto trimestre de 2023, o Morgan Stanley majorou o preço algo para Sabesp (SBSP3) de R$ 67 para R$ 68 por ação. Essa é a projeção, porém, sem a privatização.
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Considerando a privatização, o banco seguiu com seu preço inalterado, com projeção de R$ 118,5, como valor justo por ação, na visão otimista. O valor representa 1,2 vezes a relação entre o EV/RAB (EV = enterprise value, em inglês, ou valor de mercado + dívida líquida”; RAB = base de ativos regulatórios).
Por sua vez, o Citi elevou de R$ 84 para R$ 97 o preço alvo das ações da Sabesp, reiterando recomendação de “compra”, conforme relatório desta quarta-feira, ressaltando que o preço ainda considera a empresa como estatal.
Em um cenário “bull”, que contempla a privatização da empresa de saneamento básico do Estado de São Paulo, os analistas do Citi estimam o preço-alvo da Sabesp em R$ 150. Na visão “bear”, calculam em R$ 71.
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Nesta quarta-feira (3), as ações Sabesp subiram 1,75%, cotadas a R$ 83,48, após recuperação durante o pregão. No ano, o papel sobe 8,3% e, em doze meses, avança 65,7%.
Bancos elevam preço da Sabesp
O Morgan revisou suas estimativas para 2024 e 2025, com base em novas previsões macroeconômicas. O preço alvo foi ajustado com base nas estimativas de curto prazo.
Em relação aos resultados, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, na sigla em inglês) foi aumentado em 7% para o ano de 2024. O lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) teve estimativa majorada em 9% para 2024.
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As revisões foram motivadas por gastos gerenciáveis melhores do que o esperado e a mistura tarifária apresentada em 2023.
Já para 2025, a menor inflação de longo prazo motivou a redução de estimativa para EBITDA em 1%. O menor patamar inflacionário esperado também motivou a redução do custo nominal de capital da companhia para 11,4% (dos 11,6% anteriores).
O preço também foi elevado por analistas do Citi, de R$ 84 para R$ 97, reiterando recomendação de “compra”, conforme relatório, ressaltando que o preço ainda considera a empresa como estatal.
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No caso do Citi, os analistas também aumentaram as estimativas para Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia em 2024 e 2025 em 10% e 9%, respectivamente.
Em relatório, eles argumentam que o ajuste para cima reflete redução da premissa de ineficiência de longo prazo para R$ 1,5 bilhão por ano, R$ 2,2 bilhões anteriormente.
“A administração da Sabesp tem feito um bom trabalho no ajuste da base geral de custos da empresa. Também se concentra no tratamento adequado das receitas regulatórias, o que pode reduzir ainda mais as ineficiências”, afirmaram.
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(Com Reuters)