Concluída a integração de operações com o Grupo Pardini, o Fleury (FLRY3) está em um novo patamar de resultados. No segundo trimestre de 2023, a companhia reportou aumento de 5,6% do lucro líquido, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 74,4 milhões. A receita líquida avançou 49,3%, a R$ 1,7 bilhão.
A maior robustez dos números vai se refletir em aumento da remuneração ao acionista? Ao InfoMoney, Jeane Tsutsui, CEO do Fleury, citou a bonificação de ações feita neste ano pela companhia e disse esperar que o grupo continue gerando forte caixa e lucro, permitindo que o conselho de administração possa tomar a melhor decisão sobre o pagamento de proventos.
“Neste ano, nós fizemos uma bonificação de ações, um aumento de capital. De uma certa forma, também é uma forma de dar retorno para o acionista. [O pagamento de proventos] é um tema sempre de conselho. O Fleury felizmente é um empresa que tem uma boa geração de caixa e de lucro, a gente espera que isso continue, e que isso vai ser determinado de uma maneira adequada nos órgãos de governança quando for o momento”, afirmou a executiva.
Ela participou do Por Dentro dos Resultados, projeto no qual o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Os executivos falam sobre o balanço do segundo trimestre de 2023 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
Jeane falou ainda sobre as principais avenidas de crescimento do Fleury após a integração com o Pardini, especialmente no B2B e em mercado de acesso. A logística do Pardini também é um novo diferencial para o grupo. A CEO afirma que o Fleury vai continuar crescendo organicamente, através da abertura de novas unidades. Ela citou o crescimento do atendimento móvel também como um importante elemento da receita consolidada do grupo.
A executiva não descartou que o Fleury faça novas aquisições. “Temos uma equipe dedicada a analisar novas oportunidades”, disse, ressaltando no entanto que os juros seguem em patamar elevado no Brasil, apesar do recente corte de 0,5 ponto percentual na Selic, o que levou a taxa para 13,25% ao ano. O juro alto tornou o grupo mais seletivo em M&A desde o ano passado, após diversas aquisições tanto em core business quanto em novos elos, como ortopedia e oftalmologia.
A CEO falou também sobre o impacto da liberação de testes rápidos em farmácias, a redução da receita relacionada à Covid dentro do balanço, o potencial de aumento de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) nos próximos três anos com a integração do Pardini e sobre o nível de endividamento/alavancagem do grupo. Veja a entrevista completa no player acima, ou clique aqui.