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SÃO PAULO – Na última semana, o mercado de câmbio ganhou destaque por chegar a patamares muito próximos a R$ 1,90, levando especialistas a acreditarem que o Governo trabalha com uma nova meta implícita para o câmbio.
“De fato, na semana passada, o BC foi mais agressivo nas compras, fato refletido na elevação de nada menos que US$ 4 bilhões das reservas internacionais. O piso em R$ 1,70 parece já ultrapassado, mas o novo intervalo – certamente bem mais alto – ainda não foi sinalizado”, explicam os especialistas da Rosenberg & Associados.
Segundo eles, o BC segue com sua política para promover a valorização do câmbio, mesmo quando a moeda já aponta alta. “Postura que deve se manter. Nessas condições, o câmbio tem tudo para, no curto prazo, ficar entre R$ 1,87 e R$1,91”, projetam.
Ainda segundo a Rosenberg, mesmo com o câmbio mais alto, o consumo continua em nível elevado, agora sustentado pela redução de juros pelos bancos. “Quanto à bolsa, um aumento do câmbio dá alívio para as empresas industriais e para os exportadores de forma geral, valorizando suas ações. Mas, com o perigo rondando o setor externo, com notícias ruins da Europa, a volatilidade no preço das ações deve prevalecer”, concluem.