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SÃO PAULO – Na esteira de seu resultado trimestral, a Cesp (CESP6) recolheu na terça-feira (16) uma leva de relatórios animados com o seu desempenho operacional durante o período entre julho e setembro, refletindo no seu desempenho diário no mercado. Enquanto o Ibovespa recuou 1,67% no pregão, as ações preferenciais classe B da companhia subiram 0,58%, cotadas a R$ 27,83.
“A Cesp apresentou um resultado operacional acima da nossa expectativa, reflexo de uma maior tarifa média no período, além do forte volume de energia vendido no mercado futuro”, destacou Rafael Quintanilha, da Brascan Corretora.
A tarifa média aplicada pela empresa durante o período ficou em R$ 94,77 megawatts/hora, uma elevação de 7,8% em relação à 2009, o que refletiu na receita operacional líquida da companhia, que cresceu 17,3% na passagem anual, passando de R$ 645 milhões para R$ 757 milhões.
Resultado financeiro negativo
Contudo, o balanço trouxe uma surpresa negativa em relação à performance financeira da companhia. Como aponta Andrés Kikuchi, da Link Investimentos, o resultado final foi impactado negativamente por novas provisões cíveis e ambientais, contabilizando um prejuízo financeiro de R$ 15,4 milhões, “apesar da valorização do real sobre o dólar norte-americano no trimestre”.
“Ainda vale ressaltar a elevação das provisões para contingências consideradas prováveis de R$ 1,474 bilhão no segundo trimestre para R$ 1,591 bilhão no terceiro trimestre, após uma breve redução no período anterior frente aos primeiros três meses do ano. O total de contingências consideradas as diferentes naturezas e avaliações (provável, possível e remota) elevou-se de R$ 7,3 bilhões para R$ 7,4 bilhões do 2T10 para o 3T10”, continua o analista da Link.
Perspectivas
Por fim, vale destacar a opinião de Rafael Andreata, da Planner Corretora. Reiterando sua recomendação de compra para os papéis da empresa, ele destaca as perspectivas positivas da Cesp, revelando animação com o relevante volume de energia da companhia disponível para negociação após 2013 e a renovação, no ano que vem, das concessões com vencimento em 2015, abrindo espaço para a retomada de seu processo de privatização.
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Andreata ainda ressalta o processo de desalavancagem em curso, que resultará em melhores resultados no médio e longo prazo, o possível aumento na distribuição de proventos a seus acionistas e 100% de tag along das ações.