Com aporte do Itaú, nova corretora aposta em renda passiva com criptomoedas via Pix

Plataforma chega ao mercado nesta semana oferecendo, inicialmente, operações com Bitcoin e Ethereum

Paulo Barros

(Divulgação/Liqi)
(Divulgação/Liqi)

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Em meio à crescente concorrência entre exchanges de criptomoedas no Brasil, a Liqi anuncia hoje uma nova corretora de varejo com foco em melhorar a experiência de uso e na simplificação de serviços financeiros descentralizados para o grande público.

A nova plataforma aposta, por exemplo, no acesso a produtos de renda passiva com criptomoedas no ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi). Em alguns casos, essas soluções oferecem retornos de 20% anuais.

“A ideia é criar uma ponte para, com um Pix, chegar ao Anchor, Aave, Compound e outros protocolos de um jeito mais simples do que ter uma MetaMask e fazer custódia própria”, explica Daniel Coquieri, fundador da Liqi.

A empresa vê na popularização do DeFi uma oportunidade para encontrar um nicho de mercado e se diferenciar de players mais consolidados, inclusive estrangeiros.

“Não acredito que é um mercado de um único player que vá dominar. É um conjunto de coisas [que vai nos diferenciar]”, aponta Coquieri.

Em janeiro deste ano, a Liqi recebeu um aporte de R$ 27,5 milhões liderado pelo Kinea Investimentos, corporate venture capital do Itaú Unibanco. Segundo Coquieri, a empresa está trabalhando junto com o Itaú para melhorar processos de compliance, risco, fraude, custódia, entre outros.

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O lançamento da corretora de varejo é o principal resultado decorrente do investimento, e sai do papel cerca de um mês depois do vencimento da cláusula de non compete assinada por Coquieri na negociação de venda da BitcoinTrade, que ajudou a fundar, para o Grupo Ripio, em janeiro de 2021.

Até então, a empresa se posicionava como uma fintech de tokenização e criptomoedas voltada para o B2B. A companhia foi responsável, por exemplo, pela tokenização de recebíveis da Nigri, e pela criação do Cruzeiro Token, que rende ao comprador um juros proveniente do Mecanismo de Solidariedade da FIFA.

As funcionalidades da nova corretora serão disponibilizadas em fases. A plataforma tem lançamento previsto para o dia 4 de abril, mas começará a abrir contas no dia 26 de março. Inicialmente, serão ofertadas operações com Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). Demais recursos, como o acesso a produtos DeFi, têm previsão de chegar ainda no primeiro semestre.

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Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas