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A terça será de fortes emoções para os investidores, com falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em um evento de um grande banco, em São Paulo, nesta manhã.
Primeiro, será a vez de Haddad, às 9h10, trazendo as perspectivas econômicas do país; em seguida, às 10h10, Campos Neto sobe ao palco do evento. Outros pesos pesados do governo, da Fazenda ao Planejamento, também participam.
No entanto, Haddad e Campos Neto terão todos os holofotes, sobretudo neste momento em que as apostas de uma possível alta da taxa Selic, na próxima reunião do Copom, em setembro, ganharam força.
Isso acontece porque a atividade econômica aqueceu e o mercado passou a elevar as projeções de alta do PIB – assim como da inflação. E o remédio, amargo, para recolocar a inflação na meta é com a alta de juros.
A XP, por exemplo, elevou a projeção da taxa Selic, para o final deste ano, de 10,50% para 11,75%. Enquanto alguns economistas ponderam que a alta da Selic ainda não está 100% certa, Campos Neto vem alertando que o Copom subirá juros, se necessário.
O contrato Opção de Copom, negociado na B3, mostra projeção maior para alta da Selic do que manutenção: quase 70% apostam em incremento de 0,25 p.p. (39,5%) ou 0,50 p.p. (31%) no mês que vem.
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O que vai mexer com o mercado nesta 3ª feira
Agenda
Além da presença de Haddad e Campos Neto, o evento do banco contará com o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), João Nascimento; Gustavo Guimarães, que é o secretário executivo do Ministério do Planejamento; e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
- 9h10: Haddad dá palestra em evento
- 9h30: Lula tem reunião com Ministro da Casa Civil, Rui Costa
- 10h: Campos Neto faz palestra em evento
- 13h: Gabriel Galípolo faz visita institucional à Folha de S.Paulo, em São Paulo
- 14h35: Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta participa de fórum
- 15h: Lula tem reunião com Secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogerio de Souza
- 16h: Lula tem reunião com Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; Ministro da Casa Civil, Rui Costa; Ministro da Fazenda, Fernando Haddad; Presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), César Aldrighi
- 17h20: Lira dá palestra em evento
- 18h: Lula tem reunião com Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha
Mercados Internacionais
A sessão desta terça-feira (20) é de ganhos para os principais índices futuros de Nova York, à medida que crescem as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) em breve sinalizará que está pronto para começar a cortar as taxas de juros.
Investidores aguardam pela ata da última reunião do Federal Reserve, que será publicada nesta quarta, e o início do Simpósio de Jackson Hole, que começa na quinta-feira.
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O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, irá discursar na sexta-feira e suas falas serão observadas com muita atenção, ao redor mundo, com investidores em busca de pistas sobre os próximos passos do BC dos EUA, de uma política monetária restritiva para neutra.
Já o banco central da China (PBOC) deixou suas principais taxas de juros inalteradas. A chamada taxa de juros de referência para empréstimos (LPR) de 1 ano foi mantida em 3,35%, enquanto a de 5 anos permaneceu em 3,85%. No mês passado, ambas haviam sido cortas em 10 pontos-base.
Democratas
O presidente dos EUA, Joe Biden, fez no fim da noite de segunda um balanço de sua gestão durante discurso no primeiro dia de Convenção do Partido Democrata, nesta segunda-feira (19). Em tom de despedida, o democrata alternou entre críticas ao candidato republicano Donald Trump e elogios à vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris.
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A vice-presidente fará seu discurso formal de aceitação da indicação na quinta-feira à noite, no discurso que encerra a convenção. Se for eleita em 5 de novembro, Kamala entrará para a história dos EUA como a primeira mulher presidente.
Republicanos
Enquanto isso, o candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira que ele poderia indicar Elon Musk para um cargo em seu gabinete ou de conselheiro “se ele quiser”.
O ex-presidente dos EUA também disse que consideraria acabar com um crédito fiscal de 7.500 dólares para a compra de veículos elétricos, classificando-o de “ridículo”.
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“Créditos e incentivos fiscais geralmente não são uma coisa muito boa”, disse Trump em uma entrevista à Reuters após evento de campanha em York, Pensilvânia, ao ser questionado sobre o crédito para veículos elétricos.
Política
Reoneração da folha de pagamento
O Plenário do Senado dará continuidade nesta terça, às 14h, à deliberação do projeto de lei que trata do regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Na sessão de quinta-feira (15), o relator do PL 1.847/2024, senador Jaques Wagner (PT-BA), apresentou seu substitutivo aos demais senadores.
Na ocasião, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acatou o pedido de seguir com a discussão da matéria na sessão deliberativa desta terça. A matéria tem sido motivo de ampla negociação entre o Senado e o Executivo.
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Reforma tributária
A regulamentação da reforma tributária, prevista no Projeto de Lei Complementar (PLP) 68/2024, será tema de mais uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Desta vez, serão discutidas restrições no texto consideradas indevidas por alguns setores. A audiência está marcada para a terça-feira (20), às 14 horas.
Fiscal
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, afirmou segunda que a área econômica do governo tem todas as ferramentas necessárias para cumprir a meta fiscal de 2024 de déficit zero, ainda que dentro do intervalo de tolerância, em um cenário sem riscos inesperados ou choques muito fora da curva.
“Além do bloqueio e do contingenciamento, a gente fez essa dosagem da despesa pública ao longo do ano, usando todos esses instrumentos, para a gente ter certeza e garantia que consegue chegar até o final do ano cumprindo a meta estabelecida para este ano”, afirmou em uma apresentação promovida pelo Bradesco Asset.
“A gente está com todos os instrumentos para cumprir a meta. Obviamente que dentro de um cenário de risco que não tenha nenhum risco muito fora da curva ou inesperado.”
Empresas
Fusão no radar
A Oncoclínicas (ONCO3) e a Alliança (AALR3), do empresário Nelson Tanuera, estão em conversas preliminares para combinação dos seus negócios, informou o colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”.
(Com Reuters, Agência Senado e Estadão Conteúdo)