Colômbia e IA chinesa são sinais da guerra comercial sob Trump, diz Megale

Tensão diplomática e notícia de que startup da China oferecerá inteligência artificial mais barata deram o tom no final de semana do que pode vir pela frente

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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Dois acontecimentos de repercussão global neste final de semana foram sintomas do que representou a primeira semana do governo de Donald Trump nos Estados Unidos recheada de medidas e falas polêmicas.

Um foi a tensão diplomática entre Estados Unidos e Colômbia, quando este último país se recusou a receber imigrantes deportados. A resposta americana foi de anunciar tarifas de importação da Colômbia, que retrucou também com ordenação de taxas aos Estados Unidos. No fim, foi feito um acordo entre os dois países sobre deportação.

Aperitivo da guerra comercial

Para o economista-chefe da XP, Caio Megale, que comandou o programa Morning Call da XP nesta segunda (27), este é um sinal de como pode ser essa relação do governo dos EUA e os países que tem imigrantes ilegais. “Um aperitivo também do que pode ser a guerra comercial daqui para frente”, disse.

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“O presidente Trump anunciou que pode aplicar tarifas no México, no Canadá, na China, na União Europeia. Ou seja, o tema da Colômbia é um aperitivo do que pode vir em termos de discussões entre países e a guerra comercial”, afirmou.

Para o economista, Trump tem colocado esse assunto à frente na sua administração.

Outro acontecimento de repercussão global e tem muito a ver com a possível guerra comercial que ocorrerá sob a gestão Trump, foi o lançamento neste final de semana de uma nova linguagem de inteligência artificial pela startup DeepSeek chinesa, oferecendo, dessa forma, uma nova plataforma de IA ao mercado.

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IA da China mais barata

“Essa nova plataforma é mais barata que as soluções de empresas dos Estados Unidos”, disse Megale, acrescentando que o anúncio já provocou nesta manhã forte queda do índice Nasdaq da bolsa americana, que reúne as empresas de tecnologia e inovação, e a empresa dos EUA especializada em IA, Nvidia.

“Isso tem reflexo da questão da guerra comercial provocada pelos primeiros movimentos do presidente Trump”, afirmou o economista da XP.

O presidente dos EUA, na primeira semana de governo, assinou uma ordem determinando revisão das políticas de inteligência artificial para facilitar seu desenvolvimento no país. Além disso, Trump anunciou investimento de até US$ 500 bilhões em IA.