Colar de diamantes ligado a Maria Antonieta é vendido por US$ 4,8 milhões

Peça da era georgiana contém 300 quilates de diamantes após longa batalha de lances em leilão. Compradora foi uma mulher

Reuters

Colar com quase 500 diamantes durante prévia de leilão da Sotheby's, em Genebra, na Suíça
07/11/2024 REUTERS/Denis Balibouse
Colar com quase 500 diamantes durante prévia de leilão da Sotheby's, em Genebra, na Suíça 07/11/2024 REUTERS/Denis Balibouse

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Um colar cravejado de diamantes que acredita-se estar ligado a um escândalo que acelerou a queda de Maria Antonieta, rainha da França no século 18, foi vendido em um leilão em Genebra nesta quarta-feira por 4,26 milhões de francos suíços (equivalente a 4,81 milhões de dólares).

Colocada à venda por um colecionador particular asiático, a peça da era georgiana contendo 300 quilates de diamantes foi vendida por mais do que o esperado após uma longa batalha de lances. Ela havia sido avaliada anteriormente em até 2 milhões de francos, de acordo com a Sotheby’s.

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“Foi uma noite elétrica”, disse Andres White Correal, especialista em joias da Sotheby’s, após a venda noturna do colar para uma compradora cuja identidade não foi revelada.
“Obviamente, há um nicho no mercado para joias históricas com origens fabulosas. As pessoas não estão comprando apenas o objeto, elas estão comprando toda a história que está ligada a ele.”
A Sotheby’s disse neste mês que alguns dos diamantes da peça podem ter vindo de um colar que ajudou a precipitar a queda de Maria Antonieta, integrante da família real austríaca que se tornou esposa do rei francês Luís 16. Ambos foram guilhotinados em 1793 durante a Revolução Francesa.


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As joias em questão estiveram no centro de um escândalo em 1785, conhecido como o Caso do Colar de Diamantes, no qual uma nobre em dificuldades chamada Jeanne de la Motte fingiu ser a rainha francesa e adquiriu o colar em seu nome sem pagamento.
Um julgamento posterior considerou a rainha inocente, mas pouco fez para diminuir sua crescente notoriedade pela extravagância, que ajudou a alimentar a revolução e a queda da monarquia francesa.
Os diamantes do colar original, fabricado na década de 1770, foram posteriormente vendidos aos poucos no mercado negro e, portanto, é quase impossível rastreá-los. No entanto, alguns especialistas dizem que a qualidade e a idade dos diamantes apontam para uma correspondência.
O colar, que se assemelha a um lenço de pescoço, pode ser usado aberto ou com um nó na frente. Um dos proprietários anteriores foi o marquês de Anglesey, do Reino Unido, e um membro da família o usou durante a coroação da Rainha Elizabeth II, segundo a Sotheby’s.
White Correal disse que a compradora do colar estava “em êxtase”.
“Ela me disse algo muito bonito: ‘Estou excepcionalmente feliz por ter ganhado este lote, mas não sou a dona dele, sou apenas a guardiã até que a próxima pessoa apareça’.”