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As ações da CSN Mineração (CMIN3) estão entre as maiores baixas do Ibovespa na sessão desta quinta-feira (14), isso em um dia de ânimo para o mercado em geral, com o índice chegando a renovar máximas históricas. Às 12h12 (horário de Brasília) os ativos caíam 2,15%, a R$ 7,15; na mínima do dia, os papéis CMIN3 caíram 2,74% (R$ 7,10).
O movimento acontece em meio à divulgação de projeções para os próximos anos e com o Investor Day de sua controladora, a CSN (CSNA3).
A expectativa é de que a CSN Mineração tenha um volume de produção e compra de minério de terceiros da ordem de 42 milhões a 43,5 milhões de toneladas em 2024, 42 milhões em 2025, 44 milhões em 2026, 53 milhões em 2027 e 68 milhões em 2028.
A empresa alterou a expectativa de capex (investimentos) de expansão na mineração de R$ 13,8 bilhões no período de 2023-2027 para R$ 15,3 bilhões no período de 2023-2028, relativos à fase 1 do projeto de adição de capacidade.
Já durante o CSN Investor Day, Benjamin Steinbruch, CEO e chairman da CSN, disse que a empresa trabalha com a hipótese de listagem de alguns de seus negócios e da venda de participações na CSN Mineração pra fazer frente aos desafios de capex da companhia diante de um compromisso de alavancagem de 2 vezes a dívida líquida pelo Ebitda.
“Temos cinco grandes projetos que, eventualmente, vamos ‘spinoffar’ [ou seja, fazer a cisão] e torná-las independentes”, explicou Steinbruch, em evento ao mercado. “A parte de cimentos é a próxima [listagem] a ser feita, independentemente das aquisições que possamos fazer [a companhia é uma das candidatas para comprar a operação da InterCement]. Vamos oferecer ao mercado um negócio único e temos condição de fazer agora”. O CEO citou ainda oportunidades de movimentos semelhantes na área de siderurgia e energia.
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Steinbruch disse que a empresa pode considerar uma venda de participação na CSN Mineração. Com cerca de 80% do capital da CMIN3, o executivo citou a possibilidade de vender 30% do capital, o que renderia cerca de R$ 12 bilhões.
Outra possibilidade seria a venda da participação na Usiminas (USIM5), embora a CSN prefira esperar pela decisão da Justiça sobre um possível tag along por parte dos controladores da Usiminas. “Mas podemos dispor ao mercado, se for necessário.”
Pouco depois, contudo, Steinbruch voltou a se manifestar e disse que não quer vender a CSN Mineração, mas sim que estava apenas mostrando quais são as possibilidades à mesa.