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Em relatório divulgado nesta quinta-feira (15), o Citi cortou a recomendação para a ação da Rumo (RAIL3) de compra para neutra e tornou a ação da Hidrovia do Brasil (HBSA3) sua favorita no setor.
Os analistas do banco americano afirmam considerar a Rumo uma empresa muito bem administrada, “com operações sólidas e valor escasso”. No entanto, após a ação avançar mais de 27% apenas em 2023, a empresa pode estar se aproximando do seu valor justo – e passar a ser mais vulnerável a quedas no caso de desapontamentos.
Além disso, as ações da Rumo avançam mais de 76% nos últimos cinco anos, enquanto as da Hidrovias do Brasil ficaram praticamente estáveis desde sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), em 2020. Como ponto negativo para esta última, contudo, está a maior volatilidade dos papéis.
O Citi ainda diminui o preço-alvo da Rumo de R$ 25 para R$ 24 (potencial de alta de 4,5% frente ao fechamento de ontem) e aumentou o da Hidrovias de R$ 4 para R$ 5 (potencial de alta de 51,5%.
“Os ajustes de previsão para Rumo e Hidrovias incluem quedas nos preços do diesel, com menor despesa com combustível, mas também recuo do frete e algum conservadorismo quanto aos volumes da colheita de soja em 2024, que podem ter dificuldades para igualar a safra abundante deste ano”, debatem.
Por fim, a equipe da instituição também menciona que as duas empresas são sensíveis às taxas de juros. As ações da Hidrovias, para o banco, parecem ainda mais sensíveis do que as da Rumo e quedas acentuadas nas taxas podem apoiar os papéis da primeira e, pelo menos, parcialmente, ir contra a visão menos otimista do Citi para a Rumo.
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De acordo com projeções do banco, o custo médio ponderado de capital (WACC) da Rumo deve recuar de 11% para 10,4% e da Hidrovias do Brasil de 11,6% para 11,2%.
Às 12h40 (horário de Brasília) desta quinta-feira, as ações RAIL3 caíam 1,35%, a R$ 22,65, enquanto os papéis HBSA3 tinham ganhos de 2,12%, a R$ 3,37.