Cielo (CIEL3): o que esperar do último resultado como companhia listada na Bolsa?

Companhia apresentará seu balanço hoje e suas ações deixarão de ser negociadas no dia 16 de agosto

Camille Bocanegra

(Divulgação/Cielo)
(Divulgação/Cielo)

Publicidade

A Cielo (CIEL3) despede-se da Bolsa neste trimestre e apresenta seu último balanço neste dia 1 de agosto. A conclusão da Oferta Pública de Aquisição (OPA) deve ocorrer no dia 16 de agosto, momento da liquidação dos papéis. Para os últimos números da companhia, analistas veem uma despedida um tanto quanto melancólica, projetando resultado fraco.

Para o UBS BB, a expectativa para o segundo trimestre de 2024 (2T24) é que o volume financeiro de transações (TPV) cresça ligeiramente trimestre a trimestre e, na comparação anual, chegue a território positivo.

“Esse crescimento deve vir principalmente de grandes contas, com ainda perdas de participação de mercado em Pequeno-Média Empresas (PMEs), levando a uma contração do rendimento dos cartões de 2bps (pontos-base) trimestre a trimestre (- 9bps ano a ano)”, considera a análise.

Continua depois da publicidade

A Genial considera que é mais provável que haja uma desaceleração no TPV, com baixo crescimento na comparação trimestral e +2,5% na comparação anual. Os números refletiriam a tendência atual da Cielo ceder espaço para concorrentes como Stone, PagSeguro, GetNet e Rede, de acordo com os analistas.

Em razão da incorporação da companhia pelo Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), os analistas da Genial apostam em aumento de oferta de produtos. Além disso, os produtos de adquirência devem apresentar maior integração, com mais flexibilidade de preços e maior agilidade nos serviços.

“Essa estratégia pode eventualmente ajudar a impulsionar os volumes da Cielo, bem como os negócios de pequenas e médias empresas do Bradesco e Banco do Brasil”, considera a Genial.

Continua depois da publicidade

Leia mais:

Temporada de resultados: em quais ações e setores ficar de olho no 2T24?

A corretora também destacou queda no retorno (yield) da receita, tanto em comparação ao trimestre anterior quanto ao ano anterior, atribuída à piora no mix de clientes devido ao aumento da participação de grandes contas. Isso deve resultar em uma contração da receita de 2,7% em relação ao trimestre anterior e de 6,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 3,06 bilhões.

Continua depois da publicidade

Em relação aos gastos totais, incluindo despesas administrativas e custos dos produtos vendidos, a Genial projeta uma diminuição de 4,8% em relação ao trimestre anterior, devido a uma despesa não recorrente no 1T24 causada por problemas operacionais. No entanto, na comparação anual, é esperada uma expansão de 34,2% em comparação ao ano anterior, em função de novas contratações para reforçar o time de vendas e uma base comparativa mais fraca no 2T23.