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SÃO PAULO – Os ETFs (Exchange Trade Funds) que acompanham o mercado russo na Bolsa de Nova York registram queda de 1,19% na sessão desta quinta-feira. De acordo com o Market Watch, a queda ocorre em meio aos depoimentos de autoridades de inteligência dos EUA, que mantiveram sua avaliação de que Moscou está por trás de uma suposta invasão da rede de computadores do Partido Democrata durante a eleição presidencial.
Funcionários de serviços de inteligência, incluindo o coordenador dos serviços secretos norte-americanos, James Clapper, prestaram testemunho perante o Comitê de Serviços Armados do Senado sobre as ameaças russas e disseram que só os “altos funcionários” de Moscou poderiam estar atrás dos ataques.
Em comunicado conjunto Clapper, o subsecretário de Defesa para serviços de informações Marcel Lettre e o diretor da NSA (Agência de Segurança Nacional) Michael Rogers chamaram a Rússia de “ator cibernético de grande alcance que representa uma grande ameaça” à infraestrutura e redes dos EUA.
Eles também afirmaram acreditar que “a Rússia tem usado técnicas e métodos informáticos para tentar influenciar a opinião pública na Eurásia”.
Contudo, Clapper disse que a atuação dos hackers russos “não alterou os votos” na eleição, que terminou com a vitória de Donald Trump. Clapper se referia especificamente à questão sobre se as urnas poderiam ter sido manipuladas para afetar o resultado. Ele apontou ainda que não há como avaliar qual foi a influência direta da Rússia na opinião dos eleitores.
“A Rússia claramente assumiu uma postura cibernética ainda mais agressiva”, disse Clapper. Ele disse depois: “Eles representam uma ameaça existencial para os Estados Unidos”.
No final de 2016, os EUA anunciaram a imposição de sanções a indivíduos e entidades russas por acreditar que o país atuou diretamente em ataques hackers para interferir nos resultados das eleições presidenciais norte-americanas. Em nota, o presidente dos Estados Unidos afirmou que as medidas eram “uma resposta necessária e adequada aos esforços (russos) de ameaçar interesses norte-americanos em violação às normas internacionais de comportamento estabelecidas”.